Rox.

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1984. Foi o maldito ano da sorte para um assasino mentiroso como o Xavier Rox. A sua ficha foi limpa depois de uma tal de juíza. Sra. Beth, ter o dado como inocente dos crimes mais terríveis que ocorreram em Outubro de 82 na vila Delta.  Corpos de cinco adolescentes foram encontradas enterrada sem as língua, perto do gramado da lagoa Zion. Os crimes bizarros apontaram para o Xavier.  Um filho da mãe ciumento que vivia com a sua mulher e as suas duas filhas no monte das pedras.  Uns 30 minutos de andamento até a lagoa Zion.

Xavier cumpriu um ano na penitenciária de Brisyon. E foi solto como inocente no tribunal de Felin. A rosto sorridente do homem, apareceu nas manchete dos jornais quase por todo o país.  Houve quem protestou e discordou da sua liberdade e houve um grupinho de pais revoltados que pretendiam queima-lo junto com a família dele.

Mas Xavier Rox. Para além de ser um autêntico burro. O homem porém, era um atencioso capaz de ver os seus inimigos de trás da sua nuca.  Sua mulher, uma doméstica depressiva. Sempre concordou que o marido fica-se preso naquele lugar ou até melhor, que apodrece-se naquela porra de lugar infernal.  As mãos grossas do Xavier, eram bem prazerosas em tocarem com demasia violência o rosto da mulher que em lágrimas e choros lamuriantes, pedia para ele parar ou para ao menos a espancar longe das filhas gémeas.

Quando a bunda do Xavier repouso na poltrona da sala naquele fim da tarde.  Sua mulher e as suas filhas, ficaram resignadas e um pouco receosas.  Ele pediu que as filhas a abraça- sem. Elas hesitaram.  Ele gritou alto e elas acederam.

- minhas garotas.  Eu senti muito a vossa falta.

Disse ele com um sorriso diabólico desenhado medonhamente na ponta dos lábios.  Em 1985, 12 de Agosto.  Xavier se mudou com a família para o oeste do país.  Em Duka, Uma cidadezinha pobre com pouca população.  O xerife da cidade não recebeu de bom agrado o Xavier.  Ele já sabia da história do homem e sem medo de dizer,  ele o temia tanto chegando  ao ponto de deduzir que a vida da sua mulher e das filhas, estivessem em perigo com o surgimento daquele farçario que disse em alegria:

- não precisa se preocupar Xerife. Agora sou um homem de paz.

As palavras soaram com um tom de hipocrisia fedorenta.  O xerife sentiu mesmo a distância e é claro que estaria de olhos nele. Por mais perigoso que ele fosse.  Os olhos preto do Xerife estariam nele 24/24 hora.  E na primeira oportunidade,  ele não hesitaria em rebentar a cabeça dele com uma bala da sua pistola.

A casa nova era um pouco mais espaçosa. Vantagem esta que dava a possibilidade de a mulher e as filhas ficarem longe dele. A presença dele encomodava.  O ar que ele exalava era cheio de violência e medo. A presença dele anunciava a vinda de um leão bravo nas chanas africanas onde um bando de gazelas descansam. Ele era um pingo de tinta preta numa mancha branca.  Ele era o formato da maldade em pessoa.  Ele era o contrário do bem. Era uma aberração.

Quando um mês voou num ápice.  Numa noite de lua minguante.  Ele saiu devidamente trajado num uniforme camuflado.  Imigrou suas tortas pernas para o bar da dona Barbie.  Encheu a cara numas infinitas doses de whisky puro enquanto assistia na Tv e enquanto ouvia as conversas malandras daqueles bandos de bêbados velhos daquele lugar nojento.  Quando o ponteiro do relógio mostrou 8 da noite, Xavier Rox saiu do bar e vagueiou pelas ruas da cidade em busca de uma vítima.  E a sortuda foi Sra.  Amanda, uma poetisa que na altura estava solitária sentada nos degraus da escada da casa. Rabiscado alguma coisa no caderno segurado em firmeza pelas suas mão macias. 

- oque uma mulher tão bonita como você faz a essa hora aqui sozinha?

Disse ele com um sorriso solene.
Ela o olhou e fechou o caderno.

- nada de especial.  Apenas fazendo alguns apontamentos.  Eu gosto do ar dessa cidade principalmente de noite.

- eu também gosto.  É bem jovial e cheio de surpresas.  Esta cidade é pacata.

A Caveira do Rei. Onde histórias criam vida. Descubra agora