Melisa.

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Melisa  era uma garota frágil, silenciosa e um tanto burra. As pessoas em volta acompanhavam ela com uma ar de risos emanada pela desgraça dela. Melisa não era como a Lisa, Lisa era igual a tia Carolina.  Apesar de a tia Carolina ser uma escritora alcoolatra ainda assim ela possuía um bonito sorriso e uma inteligência imensurável.  A mamãe gostaria tanto que esta divergência pode-se ser irreal e que a Melisa pode-se ser como a Lisa.

De quando em vez, a mamãe desconfiava que a Melisa tivesse um desses problemas psicológicos igual a da vovó.  Melisa odiava a psicóloga linda de óculos gigantes e feios que nas tardes de sexta feira tentava ao máximo para ser amiga da burrinha esquisita.  Na escola Melisa não era como a Lisa. Lisa era adorável, popular e super espertinha.  Ao contrário da Melisa que andava entre as paredes fugindo daquelas malvadas que puxavam o saco dela. A psicóloga bonita dissera uma vez que esta não esperteza da menina burra iria passar logo e num passe de mágica,  ela se tornaria a menina mais adorável desses professores crucificadores.
A fé da mamãe quanto a isso, começava a desmoronar quando com seus grandes olhos pretos enxergava várias vezes, notas baixas brilhando no canto da folha de prova da fininha burra.

A fé da mamãe caira quando a directora a chamará no dia 17 de Maio, dizendo que a Melisa sera expulsa pelo o facto de ter enfiado a ponta da esferográfica nos olhos de uma outra menina que zombara dela.

- não é justo!- papai protestara.- ela apenas defendeu-se desses insultos que infelizmente esta maldita escola não consegue impedir. Foi legítima defesa!

Não houve volta alguma,  Melisa acabou por ficar em casa tendo seus ataques esquizofrénico e a mania de dizer coisas indecifráveis.  Ela passava as maldita tardes de sol, ao pé do seus orsinho de pelúcia de olhos assustadores.

Mamãe deixou de trabalhar para cuidar da Melisa.  A menina estava ficando paranóica e sofria de delírios e constante acto de cortar insisamente a sua pele com uma lâmina que mantia guardado em segredo de baixo da banca.  Poderia sim se enxergar a vinda de dias melhores.  Mas, não foi isso. Isso realmente não aconteceu... Melisa não foi salva pelas acções desses medicamentos e terapia chatas.  Somente a luz da morte a libertária. A luz incandescente da morte expulsaria aquela paranóica doença que fez da Melisa ser a garota mais terrível em Novembro de 2013.

Quatro dias antes de tudo acontecer,  Melisa cortou o seu pulso esquerdo e  perdeu muito sangue.

Melisa estava deitada na maca azul do hospital São José se contorcendo sem parar e gargalhando em loucura expulsando uma quantidade infinita de espuma pela boca.  Em seu lado quatro estagiários assustado estavam conduzindo a maca e uma médica argelina tentava segurar a Melisa louca.

Papai e a mamãe foram deixados para atrás sem norte.  Com a carga da preocupação e desespero roendo-lhes o peito.  Foi aqui onde o fim deu início a um começo bem drástico...

MANHÃ DE 7 DE NOVEMBRO.  HOSPITAL SÃO JOSÉ.  SALA DOS CUIDADOS  INTENSIVOS.

Uma enfermeira alta de cabelos longos, conduzia uma bandeja de alumínio pressa entre as mãos e dirigia seus pausado  passos calçados por uma branca sandália de borracha em direcção da sala de portas verdes onde a Melisa deitada numa cama com o suporte levantado respirava através de bomba de oxigénio.

Com o ponteiro do relógio rondando em segundos, a enfermeira chegou mais perto da porta e com a ponta dos pés, abriu e a porta deu um roncar ruidoso.  A sala era bem branquinha e fedia a medicamento e soro.  Um bip bip surgia na máquina ali posado de ao lado da cama. Ela descansou a bandeja na banca ao lado. Calçou as Lucas não estéreis e preparava a medição partindo a ampola e aspirando com uma seringa. Quando no exacto instante foi para perto do braço da Melisa para aplicar a medicação. De súbito, seres monstruosos de um tamanho bem reduzivel surgiam da parede atravessando como fantasmas.  A moça num susto mórbido deixou cair a seringa e os seres esquisitos no formato de um macaco feio possuiram ela comendo os órgãos de dentro.  Ela foi se contorcendo violentamente tossindo sangue que borrava o chão todo.  Depois do acto consumado, os monstros sairam do corpo dela e a moça caiu jogando sangue pelo nariz, boca e na orelha.

Os seres do além, se juntando num movimento brusco. Ficaram bem escolhidos e penetraram no corpo da Melisa que de instante acordou com o rosto cheio de veias finas de cor preta. Os olhos estavam projectados num vermelho fundo e assustador.  Ela levantou rápida como um raio tirando de si as sondas aplicadas.

Vestida com a roupa do hospital,  Melisa,  a feia burra de 9 anos.  Caminhou devagarinho pela porta de saída e quando cruzou o corredor.

O hospital São José, conheceu o mais terrível dos assassinatos ao longo da sua história.  No jornal do ano seguinte mostrava na manchete. 
500 mil pessoas morreram terrivelmente assassinadas por uma Menina endemoniada.

Vários dias consumados,  o corpo da Melisa foi encontrado morto dentro de uma vala de drenagem e estava ela sem a cabeça...

A Caveira do Rei. Onde histórias criam vida. Descubra agora