02 - Rainha das Trevas

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As coisas mais bonitas do mundo são sombras

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As coisas mais bonitas do mundo são sombras.

- Charles Dickens

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Kira

O fogo criou uma barreira entre mim e Kian.

  Lynn parecia transtornada, mas ainda estava focada, e isso me irritava mais do que qualquer coisa. O amor não vence guerras, e não venceria essa.

  Armas vencem guerras, e eu era uma.

  Antes que eu pudesse ir em direção a eles, um corpo me atingiu com uma força incrível, me fazendo cair novamente. Eu estava ficando cansada disso.

- Olá, querida.

  Era Aaron, ou melhor, Tisan. Aquele maldito me desrespeita desde que ele era controlado pelo meu pai, seu sangue era algo que eu gostaria muito de tirar

- Estou farta de você, Aaron - falei, enquanto invocava uma espada feita pelas sombras, tão bela e afiada quanto meu próprio poder.

- Estou esperando - disse ele, com um sorriso debochado em seu rosto - E meu nome é Tisan.

  De repente uma corda firme foi lançada em meu pescoço, e um marinheiro de olhos azuis me puxou para a madeira do convés com tanta força que o ar de meus pulmões me deixou por um instante.

  Então vi uma garota dos cabelos negros correr em direção a Callum enquanto os outros dois me mantinham ocupada. A minha fúria despontou na hora, eu não deixaria ninguém daquela escória tocar em meu irmão novamente.

- Calel, mais firme - gritou outro que estava com Lynn até uns instantes atrás,vindo em minha direção como um anjo da morte, pegando uma adaga e cravando em minha perna, senti minha carne sendo atravessada e a ponta da lâmina tocando a madeira.

  Gritei pela agonia e pela dor.

  O marinheiro no qual fora chamado de Calel apertou ainda mais meu pescoço, enquanto Tisan pegava um arco e apontava a flecha diretamente em meu coração.

  Eu não seria morta por homens.

  Eidolom de remexeu dentro de mim, e seu poder me ajudou a invocar chamas azuis, feitas do límpido abismo. Fui preenchida por ele, cada pedaço de mim se tornou fogo. Um fogo da cor do gelo.

- CHEGA! - gritei.

  Causei uma explosão no convés, todos os três homens foram jogados para longe de mim. Arranquei a adaga da minha perna com um careta, e logo a ardência do corte se espalhou por todo meu corpo.

  Maldito Hewyr, aquele objeto estava envenenado, e já sentia aquilo subir pelas minhas veias, como se me avisando de uma morte lenta. Minha perna começou a ficar escura, lentamente se degradando e apodrecendo.

Canção da Guerra - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora