07: O Ritual de Yante: Sangue e Sacrifício

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Os demônios devem dormir, ou eles nos devorarão; devem ser mergulhados no sono, ou nós pereceremos!

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Os demônios devem dormir, ou eles nos devorarão; devem ser mergulhados no sono, ou nós pereceremos!

- Edgar Allan Poe

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Tisan

Há muito conhecimento espalhado por essas terras, Lynn. Existem símbolos em cavernas, rituais gravados nas areias que povoam toda a extensão de Keevard, registros de caos e das bestas que viviam sob o mundo que datam o príncipio de tudo, inclusive das almas.

"Em sua imensa biblioteca, Hazor tinha bastante desse conhecimento guardado, mas nunca se interessou em realmente procurar sobre como a Deusa da Lua teve sua origem sob o paraíso onde vive, nem por onde a magia de fato começou. É uma pena e uma glória que esses livros tenham sido esquecidos por ele. Guardam segredos obscuros e perigosos.

"Um desses livros se chama 'O ritual de Yante: sangue e sacrifício", um livro muito pesado mas bem esclarecedor. Ele conta sobre a origem dos deuses e dos primeiros rituais para o controle de poder.

"Há milhares de anos, antes de sequer pensarmos em existir, Keevard era apenas caos. Haviam tremores constantes onde a terra era partida, os céus eram negros, não havia sol ou lua, algumas estrelas passavam por aqui e caiam como chuva sob o mar. Lava e caos eram as coisas mais comuns.

"As bestas que viviam aqui eram adaptadas para esse tipo de inferno, eles bebiam as chamas como se fosse água, usavam os tremores para poder caçar suas presas, animais inferiores que também eram bizarros mas imensamente menos perigosos e sombrios. As bestas caçavam as estrelas no mar, e se regeneravam com sua luz e o pó de sua superfície."

- O que eles eram? - Lynn perguntou, com uma certa careta em sua feição.

- No livro eles são chamados de "Desoladores", seres nascidos da própria escuridão, das trevas mais densas que o mundo conhecia. Havia ilustrações nos livros, como se eles fossem sombras com um tipo de fonte de chamas em seu centro, como se as lavas que eles bebiam pudessem ser forças vitais e corriam pelas sombras de sua existência.

"Esses seres seguiam seu mestre, seu semelhante e o maior predador do bando, o melhor caçador e aquele mais antigo também. Quer dar um palpite de como o chamavam?" - Perguntei para ela, vendo seu rosto se tornando mais duro.

- Eidolom? - perguntou Lynn, segurando com força o balcão à sua frente enquanto encarava seu reino de cima daquela sacada.

- Sim - continuei - Eidolom era o líder das bestas e das trevas. Sua escuridão dominava Keevard e mundos além dos nossos. Digamos que ele era o rei, e as criaturas que o seguiam seus soldados mais fiéis. Eram seus iguais.

"Com o tempo, Eidolom começou a desenvolver habilidades que nenhum dos seus conseguiam, ele conseguia mudar de forma, se tornara menos medonho para poder caçar, passou a ter habilidades incomuns de manipulação das trevas. Seu corpo era uma arma, e com a vida que as estrelas lhe davam, ele se tornou imortal. Reinou por eras, o ser mais antigo que ainda vive é ele. Um monstro e apenas isso.

Canção da Guerra - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora