Me deixando maluca

40 13 30
                                    

Pela primeira vez em dias durmo um sono tranquilo sem a visita do céu tempestuoso para me assombrar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pela primeira vez em dias durmo um sono tranquilo sem a visita do céu tempestuoso para me assombrar. Acordo descansada e com aquela preguicinha de quem dormiu mais do que devia. Me sento na cama e esfrego os olhos, quando escuto um barulho.

-Então isso é que é uma caixa de alimento?? -diz alguém. -Fascinante! Como vocês reproduziram os polos norte e sul para aqui dentro?

Quando olho para minha cozinha vejo que o suposto deus já estava em minha casa novamente. Respiro fundo. Será que não posso ter um tempo de sossego?

-O que você está fazendo aqui? -pergunto.

-Eu disse que voltaria quando acordasse. -ele respondem parecendo não ter notado meu incomodo com sua presença.

-É, mas não pensei que fosse tão instantâneo. -resmungo.

Tento não pensar no cara fuçando minha geladeira e sim em o que comer de café da manhã. Mal penso sobre e escuto minha geladeira parando de fazer o seu característico barulho e apagando a luz que dava para ver pela porta que idiota deixou aberta.

-O que é isso? -ele pergunta segurando a tomada da geladeira na mão.

-Isso. -digo pegando da mão dele e enfiando de volta no lugar. -É o que faz o polo norte e o polo sul funcionar.

-Interessante. -ele diz indo para o lado do fogão.

-Você quer parar de mexer nas minhas coisas! -digo, impedindo que ele coloque fogo em tudo. -Não tem nada para fazer fora daqui não?

-Além do nosso casamento? Nada. -ele responde colocando as mãos atrás das costas.

-Achei que deuses tinham mais o que fazer. -retruco emburrada com o assunto.

-Eh... na verdade eu estou de folga. -ele diz. -Sabe, você reclama muito para alguém que está sendo tão privilegiada.

-Privilegiada? -pergunto. -Aonde que eu vou ser privilegiada casando com alguém que eu nem conheço?

-Você está esquecendo que eu sou uma divindade, mulher! Casando comigo você tem direito a tudo que eu tenho, você pode abandonar essa reles humanidade! Pode ser imortal e viver como um deus!

-Mas eu amo ser humana, eu amo ficar com fome e poder comer para sanar isso, amo dormir e adivinhe só? EU AMO FAZER COCÔ E XIXI! E TUDO O QUE ME FAZ SER HUMANA É O QUE ME FAZ SER FELIZ! -quando dou por mim eu estou gritando que nem uma louca.

Sei que toda essa doidice é o que está me fazendo surtar assim. Ás vezes eu espero que isso tudo seja um alucinógeno de uma rave muito doida, mas eu detesto raves, então sei que isso não é uma opção.

-Olha, Bam... -digo tentando ficar mais calma.

-Divindade Bam. -me interrompe e toda a minha vontade de ficar calma se evapora.

-Oh senhor supremo divindade Bam! DÁ O FORA DAQUI!

-Tsc, tsc. -faz um som de desaprovação. -Seus ancestrais devem estar se revirando no tumulo nesse exato momento.

-Pouco me importa! Já estão mais que mortos e enterrados!

-Como você pode ser tão insolente? -ele pergunta parecendo bravo.

-E você, se quer tanto se casar, sai por ai e conquiste alguém! Achei que uma divindade seria boa em fazer isso ao invés de ficar dependendo de sacrifícios da minha família!

-Você até que tem razão.

-É, eu... o que você disse? -pergunto surpresa.

-Tem razão. Vocês humanos tem alguma coisa com esse negócio de conquista... Já que é assim, estarei te conquistando a partir de agora. -ele fala como se fosse uma coisa normal.

Antes que eu possa dar uma resposta, o vejo sair pela porta da casa. Tenho até medo de pensar no que esse maluco vai fazer a seguir.

 Tenho até medo de pensar no que esse maluco vai fazer a seguir

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Palavras: 600

Notas do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora