O3: Jack, o guaxinim

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Olá! Após muitoooo tempo, eu voltei e espero que curtam a continuação dessa história. Boa leitura <3

"Foi má sorte. O azar está por aí. Ele tem de pousar em alguém. Só não esperava que a tempestade durasse tanto." — Um Sonho de Liberdade.

Estava dando atenção para Normani, mas não achei que essa história poderia ir adiante. Faz muito tempo que não vejo Camila, nem imagino como ela está hoje. Ou seja, essa história tecnicamente não iria para frente, mas havia me esquecido que Dinah é prima dela e agora isso pode complicar muito a minha vida.

— A última vez que recebi notícias da Camila, ela estava na praia de férias. — disse Dinah, depois de Normani contar resumidamente – lê-se cada detalhe – a história para ela.

— Ela pode estar em qualquer praia do mundo, e eu não vou atrás dela. Não estou tão desesperada assim. — e de fato, não estava desesperada, só não conseguia agir normalmente com alguém se soubesse que essa pessoa estava me paquerando. Ok, talvez eu esteja um pouco desesperada. — Mani, entenda que isso não dará certo...

— Vai dar sim! — interrompeu-me com um grito. — Claro que vai dar certo, tudo faz sentido! Desde que isso aconteceu você está mal. Você absorveu toda a energia negativa dos relacionamentos dela, entende? Precisa devolver isso. — disse ela. Fiquei alguns segundos em silêncio, alternando meu olhar entre Normani e Dinah, pensando no que dizer em seguida.

— Se eu ficar com ela, tudo isso acaba?

— Claro que sim, você vai devolver a energia negativa e vai ficar neutra de novo, e depois quem faz a sua sorte é você.

Não sei se devo realmente levar em consideração tudo o que ela diz, porque a ideia em si é muito absurda, fora da realidade. Como é possível eu ter ficado com o azar para mim? Claro que, apesar da ideia fora do comum da Normani, eu não perderia nada se tentasse, certo?

— Ela pode estar em qualquer praia do mundo. — constatei em um murmuro, mais para mim do que para as duas que me encaravam com expectativa.

— Ela está em Miami Beach, nossa família ama aquela cidade. — comentou Dinah, para minha infelicidade.

— Então 'tá decidido, você vai para Miami Beach! — Normani deu alguns pulinhos de alegria e pulou no colo de Dinah, enquanto eu revirava os olhos.

— Obrigada por ter aberto a boca, Dinah. — disse séria, lançando um olhar furioso para Milika.

Tenho certeza que essa ideia não vai dar certo, porém não há mais o que fazer, sabendo que Normani contou para Ally – que decidiu ir comigo e não para de falar nisso. Ela aproveitou e contou também aos seus colegas de trabalho e para todos os amigos dela. E por isso, agora todos me conhecem como a "amiga que está indo em busca de sua sorte".

Miami Beach não é uma cidade pequena — noventa e um mil e setecentos e dezoito habitantes, para ser mais exata — e encontrar alguém cujo você só lembra do nome é algo praticamente impossível, mas para não dizerem que sou pessimista — prefiro o termo realista —, estou de férias e aproveitarei para pegar um bronzeado.

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Três dias depois, acordamos muito cedo e seguimos para Miami Beach de carro — eu sei, loucura, mas a Ally insistiu, até porque não temos muito dinheiro para pagar passagens de avião. Até a metade do caminho, eu dirigi enquanto minha companheira de viagem escolhia as músicas e cantava junto.

Procura-se o Amor | CAMREN G!POnde histórias criam vida. Descubra agora