Procura-se o Amor | CAMREN G!P

12: A invasão

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No dia seguinte começava minha caça definitiva a Camila. Dessa vez a teria, me livraria desse azar e seguiria meu caminho. Tudo que senti por ela ficou no passado e agora só preciso de um favor. Nada demais. Sua namorada não gostou de mim desde o início, então uma coisa a mais ou a menos não faria diferença.

Não via a hora de começar, mas havia um problema: não sabia onde ela estava hospedada.

— Ally liga, por favor! É só fazer uma perguntinha. — o único jeito seria perguntar a Ariana, mas somente Ally conseguiria fazer isso.

— Lauren, o que ela vai pensar de mim quando perguntar onde está morando? Nem a conheço direito... — murmurou, suspirando alto. Revirei os olhos e joguei-me ao seu lado da cama.

— Por favorzinho. Você não me ama? Não faria um favor a uma de suas melhores amigas? Não pode me ajudar? Eu sou toda ferrada por natureza e quando tenho a oportunidade, você não quer ajudar. — abaixei a cabeça, fingindo tristeza. — É isso que eu ganho te dando atenção, ajudando com os seus problemas desde o ensino médio e quando preciso de você uma única vez, você decide não me ajudar. — fiz o maior drama.

— Ai, tá bom, como você é exagerada, meu Deus! — disse, empurrando meu ombro. — Eu vou ligar. — vibrei com sua resposta e entreguei o telefone a ela, que discou o número e em poucos segundos, alguém atendeu. — Alô? Ari? É a Allyson, tudo bem? — tentei ouvir o que Ariana dizia, mas Ally não deixou. — Então, estou ligando para saber onde você mora. — disse direta. Arregalei os olhos, mesmo sabendo o quão indiscreta ela conseguia ser.

— Ah, sei. Uhum, sei onde fica. Por que? Oh, é... Queria adicionar seu endereço aos meus contatos, pode ser que precise, não é? — riu nervosa. Neguei com a cabeça, prestando atenção na conversa. — E Camila também está ai? Estou perguntando só por curiosidade, é que somos tão amigas que... — fez um pausa, olhando para mim e implorando silenciosamente por ajuda. Apenas dei de ombros, sem saber o que dizer. — Quero levar um presente para ela... — pouco tempo depois, ela desligou o telefone e me encarou séria. — Ela desconfiou.

— Óbvio, você não sabe disfarçar. Enfim, descobriu?

— Sim, é próximo a praia. Tem que pegar um táxi para chegar lá.

— Eu vou de Uber, não tem problema. — os táxis eram caros demais, haja dinheiro para bancar isso o tempo inteiro. — Passe o endereço e hoje mesmo sairemos para comemorar o fim do meu azar. — sorri animada.

Ally passou o endereço e eu chamei um Uber. Uma hora depois, estava na frente da casa em que Camila estava hospedada. Era a casa dos avós de Hailee e era linda. Estilo mansão, tinha um enorme jardim com coqueiros distribuídos ao longo do espaço, grandes pilares que seguravam os três andares, uma piscina enorme com chafarizes e mesinhas com guarda-sol em volta. Havia algumas pessoas saindo da casa, então me escondi atrás de um carro na rua. Não reconheci nenhuma delas, mas algumas pareciam ser amigas de Hailee. Estavam quase adentrando seus carros, quando o carro em que eu estava escondida disparou o alarme. Mas que merda!

Levei um susto e me levantei, todos que estavam ali, pararam e me encararam. 

— Perdi as chaves do carro, tenho muita sorte. — comentei irônica, sorrindo amarelo. E como se a sorte quisesse dizer que ouviu o que eu havia dito, uma pessoa apareceu e desligou o alarme do carro, entrando em seguida. Oh, ótimo, ainda descobriram a minha mentira.

Sorri sem graça em direção as pessoas e elas seguiram seu rumo, sem antes me olhar com desgosto. Continuei na frente da casa por quase meia hora, mas ninguém saia. Como saberia que Camila estava lá? Precisava entrar. A frente da casa era coberta por grades graciosamente torcidas em desenhos abstratos, e eu a encarei por um tempo, como se meu simples olhar pudesse abrir aqueles enormes portões. Não será difícil pular, pensei. Talvez eu não devesse ter vindo de saia. No exato momento em que pensava em como escalar a grade de um modo que não mostrasse a minha calcinha, uma senhora saiu da casa.