Capítulo 4: Uma nova família

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Poucos dias depois, Maya e sua mãe, que ouviu da palavra junto com a filha, estavam se batizando. Foi uma festa, tanto no céu, quanto entre os presentes, à alegria de uma nova vida se rendendo ao Senhor inundou aqueles corações.

No dia do encontro da igreja, Maya estava eufórica, iria conhecer o resto da congregação e contava os minutos para isso, há muito tempo ela não se alegrava tão genuinamente, na verdade, desde o batismo a alegria habitava o seu coração, e não era aquela momentânea com a qual estava acostumada, mas uma profunda e verdadeira.

Quando a jovem comentou o fato com Rubi, a mesma explicou-lhe que isso era um fruto do Espirito, por isso antes a felicidade que Maya sentia era passageira, ela estava buscando satisfação em cisternas rotas que não retinham a água, enquanto em Deus encontrávamos os mananciais de águas vivas.

Chegou à reunião acompanhada por Rubi e Carla, que também se tornou uma grande amiga, para ela aquele era um mundo completamente novo e seus olhos chegavam a brilhar para todo o canto que olhava, ela estava em seu primeiro amor.

As amigas estavam apresentando-a a todos os que passavam por perto, e Maya se surpreendia a cada abraço caloroso que recebia, ela se sentia em família, ela havia encontrado seu lar.

— Maya, esse é o Tiago! – Rúbia apresentou e o brilho em seu olhar não passou despercebido pela amiga.

— Olá, tudo bem? – Maya foi simpática e estendeu a mão.

— Olá! – Ele respondeu animado – Estou ótimo, na graça de nosso Senhor! – Maya se surpreendeu com a simpatia do rapaz e notou o interesse da amiga – Ah, e esse é o meu primo, o Gabriel!

— Oi! – misteriosamente ela se sentiu um pouco inibida ao se deparar com o olhar do rapaz aparentemente sério.

— Oi, és uma nova filha? – Gabriel foi simpático e deu um sorriso contido em direção da moça.

— Com muito orgulho! – Maya sorriu ao responder.

— Seja bem-vinda! – concluiu o rapaz e se colocou ao lado do primo que estava conversando animadamente com Rúbia.

— Então vocês são amigas desde a infância? – perguntou para Maya.

— Sim, ela vive me aturando desde que nascemos. – respondeu ela admirando mais ainda a simpatia do rapaz. – Ou melhor, mandando, já que ela é a rainha!

— Rainha?! – Tiago ficou visivelmente interessado e sorriu torto em direção de Rubi.

— Não é nada, demais. – Rubi tentou cortar sem graça – Totalmente insignificante!

— Que insignificante, o quê! – Maya amou o rubor da amiga.

— Eu achei incrível essa história. – comentou Carla rindo.

— Agora eu preciso saber. – Tiago falou cruzando os braços sorrindo alegremente, já Gabriel continuava observando tudo com seu meio sorriso.

— Eu conto com prazer – Maya se encontrava animadíssima, Rubi pela primeira vez em muito tempo se encontrava corada – Rubi é a rainha das marcianas!

— Como assim? – Tiago tentava entender e olhava de uma jovem para outra com um sorriso divertido.

— Você acredita que essa mocinha com carinha de anjo, faz bullying comigo desde que éramos crianças. – Maya agora fuzilava a amiga, mas mantinha a voz brincalhona – Ela me chama de Marciana, e não tem nem um pouco de vergonha para gritar isso na frente de uma sorveteria inteira!

Nesse ponto todos os ouvintes riram da história juntamente com as amigas, o clima ali era agradável, Maya percebeu que perdeu tempo demais para entender que aquele sempre foi o seu lugar no mundo, ela sentia que pertencia aquele lugar.

Quando Deus é o Autor - Pausado Onde histórias criam vida. Descubra agora