Outra?

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Enquanto isso no hospital. Isis estava impaciente esperando notícias. Balançava a perna loucamente. Quem tivesse TOC que se aguente, porque a menina estava roendo as unhas e balançando a perna. Totalmente nervosa por causa de dona Luiza.

Bárbara: aí garota quer parar, tá me dando nervoso já. - Se referiu a menina que estava balançando a perna.

Ela não deu ouvidos, estava preocupada, mas também queria deixar Bárbara irritada. Que em pouco tempo bufou, e olhou para o lado contrário. E seus olhos brilharam.

Miguel: cadê, cadê minha vó? - Chegou no hospital gritando querendo notícias da avó.

Bárbara: calma meu bem, ela já está em observação. - Queria tranquilizar o moreno, o que não adiantou muito.

Miguel: narizinho como que ela está? - Perguntou a Isis, e nem ligou para o que a loira tinha dito.

Isis: sinceramente? Não sei! - Engoliu seco. - Não chegaram para avisar nada.

Miguel: ela vai ficar bem não vai? - Disse com medo, e caiu uma lágrima.

Isis: vai, claro que vai! - Quis dar esperança. - Dona Luiza é forte, é dura na queda. - Sorriu, segurando as mãos de Miguel. - Ela vai ficar bem! - Sorriu mais uma vez, e deixou a lágrima cair.

Miguel a abraçou na mesma hora. Se acolheram ali. Como se fossem um casal apaixonado, e eram só não faziam questão de assumir, muita burocracia, dizia Isis fazia tempos.

Mas a tranquilidade acaba, ou não, quando o médico responsável pela Dona Luiza chega.

Xx: vocês são parentes de dona Luiza? - Miguel assentiu. - Ela está estável, não fraturou nada, e deve acordar com uma leve dor de cabeça. Nada que um remedinho não resolva.

Miguel: então ela está fora de perigo? - Falou querendo ouvir mais uma vez do médico. Que assentiu.

Miguel abraçou Isis mais uma vez, só que em comemoração. Sorria feliz. Por estar do lado de quem ele ama, e como ama.

Miguel: obrigado, por ter socorrido minha vó. - Disse carinhoso. Deu um selinho, e foi correspondido.

Bárbara olhava aquela cena com uma expressão de nojo. Ela queria muito ser Isis, ter apelido dado por ele, e ter esse carinho todo com ele.

Bárbara: viu eu falei que ela ia ficar bem. - Sorriu, alegre.

Miguel nem deu atenção, ficou abraçado com Isis um bom tempo sentindo o carinho.

[...]

Gabriela e Patrícia acabam de chegar na pensão, que estava lotada.

Gabriela: encheu né? - Sorria para algumas pessoas que passava.

Patrícia: de noite, e ainda sábado? Enche muito. - Sorri pra uma cliente. - Tudo bom dona Maria? - Fez um carinho no braço da senhora.

Gabriela: eu posso te ajudar na cozinha.

Patrícia: ih, então vamos! - Rapidamente elas correram para a cozinha.

Prepararam um macarrão ao molho branco. Falavam sobre a vida, sobre coisas aleatórias, que a faziam rir e sorri. Mesmo com a intensidade das vidas das duas, elas se sentiam leves conversando e desabafando uma com a outra.

Patrícia: especialidade da casa. - Sorriu e mexia no molho, quase pronto.

Gabriela: huuum. - Se aproximou da panela e sentiu o cheirinho. - Pelo cheiro deve estar ótimo. - Sorriu e se encostou na bancada do lado do fogão.

Patrícia: sabia que quando a Isis me ligou, eu jurava que viria uma doida, que fugiu de um casamento, completamente surtada. - Riu e Gabriela caiu na risada.

Gabriela: não julgo, porque eu pensaria o mesmo. - Respirou um pouco para falar. - Imagina uma pessoa te liga dizendo que está trazendo uma noiva dissimulada, que fugiu na hora do casamento? - Riu. - Eu falaria: mas o amiguinha para você trazer hein garota. - Disse fazendo menção de falar no telefone, e riu ao final junto Patrícia.

Patrícia: mas veio uma pessoa carinhosa, que mesmo em menos de horas eu já falo que é minha sobrinha. - Sorriu.

Um pouco distante da pensão, Michel estava furioso no balcão. E Vicente atendendo algumas mesas.

Vicente: ou quer parar? - Repreendeu o irmão. - Está assustando os clientes.

Michel: foi mal, mas é a Patrícia. - Falou furioso. - Essa mulher me tira do sério. Tu viu né? - Apontou para a rua. - Ela só faz para me provocar.

Vicente: até parece que você não é assim, ne? - Fuzilou o irmão com olhos. - Eu vejo o jeito como você trata todas clientes, quando ela está por perto.

Michel: claro, chumbo trocado não dói. - Rebate.

Vicente: ai meu deus. - Esconde o rosto com desaprovação. - Desisto. Eu Desisto. - Mas sabíamos que ele não iria desistir.

Michel: isso, desiste de mim. E foca na tua vida, porque a Ana está ali na esquina. - Apontou em direção a esquina.

Vicente: que? - Olhou para trás com uma expressão de susto. - Ai meu deus, me ajuda! - Saiu correndo para trás do balcão, e Michel se acabava de rir. 

Meu horizonte | GabicenteOnde histórias criam vida. Descubra agora