Meu horizonte | Gabicente

Segurou pela cintura...

Gabriela: ai meu Deus! - Revira os olhos, e volta para sala do apartamento. - Teu irmão não vai vim pelo jeito ne? - Se joga no sofá.

Vicente: quando se junta com Patrícia, sai faísca, fogo, explosão e por ai vai. - Se junta com ela no sofá, e ela faz carinho em Thor. - Thor você é traiçoeiro, hein.

Gabriela: não é nada. - Aperta a carinha do cachorro. - Não é nada. - Faz uma voz fofinha. - Eu sei gostar da pessoa certa, ne?. - Faz a mesma voz. - Ne, coisa linda! - O cachorro se anima e começa a balançar o rabo, e pula em cima dela.

Vicente: viu, não sou só eu, que te acho uma gata.

Gabriela: cala a boca, Vicente. - Disse rindo, e recebendo mais uma vez 'lambeijos' de Thor.

[...]

Isis estava sentada na cadeira da sala de espera do hospital. Caindo de sono.

Miguel: narizinho. - Chama a atenção da menina, que resmunga alguma coisa. - Vai para casa, não tem problema, quando eu tiver alguma notícia eu ligo para você, fica tranquila.

Isis: não, não! - Colocou a mão no rosto, respira fundo e balança a cabeça para acordar um pouco. - Vou pegar uma água, você quer? - Se levanta, e espera a resposta dele.

Miguel: não obrigado! - Disse carinhoso, e ela sai.

Quando ela sai de sua vista, ele olha para o chão. Mas Bárbara logo intervém.

Barbara: fica assim não gatinho! - Senta ao lado dele. - Você ouviu o médico, não ouviu? - Ele assente, mas ainda mantem o olhar fixo no chão. - Então ela vai melhorar, tá bom? - Tentou ser carinhosa. - E eu, infelizmente, já vou. - Disse se levantando.

Miguel: cuidado, quando chegar em casa liga, manda uma mensagem. - Ele ergue a cabeça para olha-la. E ela assente, e vai embora pela porta de emergência.

Isis volta, com um copo descartável na mão. No qual, quase derruba em um médico. E não era qualquer médico.

Isis: ai meu deus que é isso tudo? - Murmura e ao final se forma um sorriso.

Xx: tá tudo bem? - Disse o bonito médico que ela, sem querer, diga-se de passagem, quase derrubou a agua.

Isis: aham. - Assente rapidamente. - Falta de ar. - Respira fundo, soltando o ar com um sorriso lindo no rosto. - Tá calor ne? - Se abana.

Xx: eu vou voltar para o meu plantão, qualquer coisa Hugo. - Deu um sorriso encantador.

Isis: Isis. - E abre um sorriso de orelha a orelha.

No que o médico entra por uma porta proibida, ela se abana fingindo estar calor.

Isis: meu jesus, qualquer dia vou desmaiar e pedir para vim para esse hospital. Porque só tem médico bonito, meu Deus! - Disse para si mesma.

Foi em direção aonde estava Miguel, que deve ter visto a cena. Olhava a menina com uma cara feia.

Miguel: muito bonito, hein! - Repreende.

Isis: será que eu estou atrapalhando o casalzinho ai. - Completa a música.

Miguel: quê? - Fica sem entender.

Isis: não era para completar a música? - Cantarola e senta do lado dele

Miguel: aí Isis, só matando ne. - Sorri da piada que ela tinha feito. - Muita bonita a senhora ali né?

Isis: sempre falam isso quando eu passo. - Sorri.

Miguel: hum, foi só pegar água né?

Isis: fui, e acabei encontrando a fonte que eu precisava... - Provoca. - Pra acordar, porque o sono estava batendo.

Miguel: adora me provocar né?

Isis: meu hobby favorito! - Deu um selinho nele, e sorri.

Miguel: só porque eu gosto de ti, senão.

Isis: se cada pessoa que você olhasse, eu colocasse uma moeda de cinco centavos no meu bolso, meu amor eu estava milionária.

Miguel: exagerada.

Isis: meu sobrenome. - Sorri.

[...]

Patrícia: já vai? - Puxa Michel para mais um beijão.

Michel: uhum. - Diz no intervalo dos selinhos.

Patrícia: coisa chata. - Cruza os braços e faz bico.

Michel: coisa linda. - Se derrete, e dá mais um beijo nela.

Patrícia: Gabriela não chegou ainda, onde essa garota se enfiou? - Olha para a porta, mas logo sorri porque Michel a enchia de beijos.

Num apartamento logo na outra rua, Gabriela jogava carta com irmão de Michel.

Gabriela: aqui. - Baixa um jogo. - Aqui. - Baixa outro. - Outro duque aqui! - Dá um sorriso e olha para ele, assim que baixa o jogo. - E bati. - Coloca uma carta na pilha enorme de carta.

Vicente: não é possível. - E joga as cartas que ele tinha na mão. O bolo que ele tinha na mão na verdade. - Você ganha tudo, ou eu que sou muito ruim?

Gabriela: segunda opção! - Riu.

Vicente: deve ser mesmo!

Gabriela: mais uma vez? - Pega todas as cartas e começa a embaralhar.

Vicente: pra perder? Prefiro paciência.

Gabriela: mas paciência só se joga com uma pessoa.

Vicente: por isso que eu tenho chance de ganhar, eu jogo sozinho. - Gabriela cai na gargalhada.

Gabriela: aí só tu para me fazer rir.

Vicente: será que a doida ainda está lá embaixo? - Se levanta e vai para a varanda. - Ih, pelo jeito não! - Gabriela se aproxima da varanda.

Gabriela: será? - Olha em volta, e se debruça na varanda, que quase caí.

Vicente foi rápido e segurou a menina pela cintura, mas sem querer, a vira de frente pra ele.

O olhar é nítido. A intensidade capaz de acender mil luzes. Uma cena clichê de um filme romântico qualquer. Um olhar intenso, feito um mar bravo. Lindo de se olhar, mas péssimo pra mergulhar. Gostoso de ouvir, péssimo de sentir. A faísca que saí, capaz de criar um fogaréu, ou até uma explosão.