𝐂𝐡𝐚𝐨𝐬 𝐓𝐡𝐞𝐨𝐫𝐲 | 𝐁𝐨𝐤𝐮 𝐧𝐨 𝐇𝐞𝐫𝐨

𝟏 - 𝑶 𝒃𝒂𝒕𝒆𝒓 𝒅𝒂𝒔 𝒂𝒔𝒂𝒔 𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒃𝒐𝒓𝒃𝒐𝒍𝒆𝒕𝒂

EXISTEM MUITOS Universos diferentes. Um para cada escolha tomada na vida de alguém. Em um universo Inko Midoriya poderia ter se casado com outra pessoa, poderia ter tido até mesmo outro filho. Não existe nenhuma pessoa que escape dessa lei universal; a Teoria do Caos. Assim como existem muitos caminhos pré estabelecidos pelo que chamamos de destino, duas forças grandes que trabalham em conjunto na vida de uma pessoa.
No caso de Midoriya Izuku muitas coisas poderiam ter acontecido. Se, por um acaso, ele respondesse Katsuki Bakugou quando sofresse bullying ele não seria a mesma pessoa, tanto quanto Bakugou. "Kacchan" não existiria para Izuku, apenas "Bakugou" alguém que parou de persegui-lo a tempos sabendo que não conseguiria uma palavra sequer de bajulação vinda de si. Mas, por outro lado, e se All Might não tivesse salvado Deku do Vilão Gosmento? Ou Deku não houvesse tentado salvar Bakugou sem pensar nas consequências, assim não atraindo atenção do Símbolo da Paz? E se Midoriya recusasse o One for All?
Existem muitos caminhos a serem percorridos.

- Chaos Theory; Chapter One

MIDORIYA IZUKU Esperava pacientemente que sua mãe, Inko, arrumasse sua mala. Estava sentado no sofá da sala, assistindo a reprises de entrevistas do All Might. Izuku era um garoto realmente inteligente, ao ponto de saber muito mais de inglês e outras matérias que seus colegas de classe — afinal ser um fanboy de primeira o ensinou a ver reportagens e entrevistas até em outros idiomas e de alguma forma ele tinha que entender. Mesmo assim, ele nunca foi o único; Katsuki Bakugou, seu melhor amigo era até pior que si. Mesmo que não fosse super obcecado com All Might, apenas para se provar Bakugou aprendeu inglês independente da escola ou de seus pais. Era o melhor da classe.
Inko sorriu ao ver os olhos do filho brilhando com a abertura do jornal americano. Sabia que não era por conta do jornal em si, mas sim por causa do grande All Might que seria entrevistado. Adorava como seu filho se empenhava em saber tudo por heróis, mesmo tendo medo de que tudo que ele admirava se tornasse um pesadelo. Era um sem individualidade, afinal.

— Izuku, bebê, suas coisas estão prontas. — A mãe chamou.

Midoriya se levantou energeticamente, correndo até onde sua mãe estava. Hoje seria o dia, o dia em que veria as individualidades de seus colegas. Então seu mundo parou. É hoje pensou a criança.

— Obrigada, mamãe. — Respondeu. Sua mãe apenas sorriu e balançou os cabelos de Izuku.

Hoje era o dia da apresentação. A cada ano após todos os alunos — ou a maior parte — despertarem suas individualidades, elas eram apresentadas na quadra para os colegas de sala. Não só isso como muitas vezes contavam com o comparecimento de alunos vindos de outros colégios. Midoriya era dividido entre amar e odiar esse dia em específico. Amava por seus amigos e odiava por saber que nunca poderia participar. Já tinha seus doze anos e não tinha individualidade. A U.A abria vagas para adolescentes após e durante os 15, quando terminavam o Chuugaku¹ e iam para o Koukou². Quando fizesse quinze anos poderia entrar na U.A e realizar seu sonho de ser herói. Não demoraria tanto para que isso acontecesse, afinal.