Capítulo 27

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Anastasia Steele

Após lavar e secar o meu cabelo, eu, meticulosamente, fiz cachos por toda sua extensão. Então pintei minhas unhas de amarelo, esfumacei meus olhos, apliquei gloss em meus lábios, e coloquei meu novo vestido preto que comprei na Liberty.

Mamãe sempre dizia, é melhor se atrasar do que chegar feia, mas eu estava em pé, na frente do meu espelho, às sete e meia em ponto, e ninguém poderia ter imaginado que eu já corri descalça, com os cabelos cheios de nós e emaranhados, indo nadar nua nos riachos.

Christian bateu na minha porta e eu vi os meus olhos brilharem no espelho, como se fossem luzes em uma árvore de Natal. Menina, isso é um mau sinal. Respirando fundo, andei até a porta e a abri.

Oh meu Deus!

De maneira refinada, mas ao mesmo tempo selvagem e excitantemente quente, ele estava parado, vestindo preto da cabeça aos pés, exceto pelo casaco de cor creme, com um corte fabuloso. Seus olhos ardentes me cobiçavam. Ele fez meus joelhos ficarem fracos, mas continuei sorrindo de forma sensual, não deixando transparecer que eu o achava tão saboroso quanto um pedaço de manteiga em cima de uma pilha de panquecas.

— Posso mantê-la? — Ele brincou.

— Só se você me manter dentro de uma jarra e me dar muitas guloseimas! — Respondi.

Ele riu.

— Não se preocupe, haverá todos os tipos de coisas, para uma boa menina como você, chupar e engolir.

— Você tem o charme do orvalho que sai da madressilva — eu disse sarcasticamente.

— Posso me contentar em ser o orvalho que sai direto em você — ele olhou de soslaio.

— Vou ser amaldiçoada. Você conseguiu transformar esse velho ditado em algo sujo.

— É um talento — disse ele com um risinho obsceno.

Bati os meus cílios de uma maneira que, provavelmente parecia mais com algo assustador, do que sexy.

— Você acha que eles vão me deixar entrar em The Dirty Royal assim?

— The Dirty Royal é um clube de sexo— disse ele, os lábios curvando-se para cima sensualmente, e caramba, como eu queria lamber aquele sorriso sujo do seu rosto. Homens como ele deveriam ser mantidos trancados em lugares especiais, afim de serem utilizados apenas para reprodução da espécie humana.

— Eu sei o que é — eu disse friamente. — Perguntei se eles vão me deixar entrar vestida assim.

Sua mandíbula se contraiu.

— Baby, não há nenhum segurança capaz de afastá-la de qualquer lugar.

— Bom— eu disse, calmamente, caminhando para a minha cama, e pegando meu casaco. — Porque nós vamos para lá mais tarde.

Seus olhos brilhavam.

— Nós vamos?

— Nós não vamos? — Perguntei inocentemente.

— Eles não tocam música country lá— ele disse, ajudando-me a vestir o casaco.

Inclinei a cabeça para o lado, como se eu estivesse processando a informação.

— Eles não tocam?

Eu me virei e ele balançou a cabeça.

Coloquei a minha melhor expressão de eu-sou-tão-country-que-varas-quebram-cada-vez-que-abro-minha-boca.

O Lorde de Greystoke {Completa}Onde histórias criam vida. Descubra agora