19 - Papai

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Boa noite estrelinhaaas, eu voltei! Como tá a quarentena de vocês? Se conhecendo bastante? Beem, espero que gostem do capítulo, não esqueçam de curtir e votar, amo os comentários de vocês, estrelas lindas. Boa leitura e beijos do tio Jace.

P.o.v Lauren Jauregui

  Algo se partiu em meu peito quando percebi a voz de Camila. Eu sabia que ela não estava bem, talvez eu não tivesse escolhido um bom dia para contar à Camila, mas aquilo estava me incomodando de uma forma absurda e eu não poderia mais deixar o tempo passar, pra no final, tudo cair em cima dela.

  Camila me abraçou por longos minutos enquanto meus dedos afagavam seus cabelos, sem malícia. Meu queixo estava apoiado no topo de sua cabeça, às vezes meus lábios encontravam seus cabelos e depositavam um beijo por ali. Não sabia o que ela estava sentindo, não tiveram lágrimas dessa vez, mas seus braços eram forte em minha volta.

  — Ei… — Chamei baixinho, estava frio aquela noite e não queria correr o risco de deixar Camila pegar friagem, e nem a mim mesma. Sua cabeça demorou para se desencostar de meu ombro e seus olhos encontrarem os meus, me derreti sobre o colorido de seu rosto, era tão lindo. — Está frio aqui fora. — Avisei e minhas mãos escorregaram até as suas, segurei fraco e apertei levemente quando as sobrancelhas de Camila se juntaram. Um sorriso leve formou em seu rosto, mas logo se apagou, apenas um momento.

  Sua mão direita se soltou da minha, mas a esquerda me puxou para dentro e me permiti olhar sua sala enquanto Camila trancava a porta. Percebi a beleza da casa, os móveis. A sala era grande, um sofá de couro fora colocado na mesma parede que a porta, uma televisão logo a frente, uma mesinha de centro pequena com uma pequena flor verde no centro. Era simples. A televisão era enorme e apoiada em um móvel grande de madeira clara com gavetas escuras. Ao lado da televisão, ainda no móvel, algumas prateleiras com CD's, na parte debaixo, livros e gavetas. Olhei para meu outro lado, o esquerdo, e vi a cozinha, que era separada da sala por uma porta. Não consegui olhar muito, mas a parede era em um branco e preto intercalado. Uma mesa de madeira poderia ser vista, apenas a ponta e duas cadeiras. Voltei a olhar para Camila que apenas me observava, seus olhos e bochechas estavam vermelhas.

  — O que aconteceu? — Sua voz veio como uma onda tímida, observei seus olhos por um tempo. Me perguntava se havia no mundo, em algum lugar, alguém com os olhos da cor de chocolate, tão lindos quanto os de Camila. E se houvesse, gostaria que se mantesse afastada de mim, apenas para que eu pudesse continuar achando os de Camila os mais bonitos. — Lauren? — Ela chamou de novo, suas bochechas estavam muito mais avermelhadas diante de meu olhar.

  — Preciso saber como você está primeiro. O que houve com você? — Eu precisava saber o que Camila tinha, era óbvio que não estava 100%, mas pelo menos ter uma noção de como ela estava se sentindo para que eu assim pudesse falar. Falar para Camila o que era necessário, poderia parecer algo como jogar uma bomba em cima da garota, mas na real, era exatamente o contrário, eu gostaria de tirar um peso de suas costas. Minhas mãos suaram e meu estômago se revirou por imaginar sua reação diante a situação, mas eu sentia a necessidade de dizer. Seus olhos se desviaram com minha pergunta, a garota olhou pro chão e suspirou, andei, lentamente, um passo em sua direção. Não poderia deixar a garota sozinha, e não deixaria.

  — Deve ter sido algo que comi, passei mal. — Camila não parecia certa de suas palavras quando gaguejou a frase. Seus olhos demoraram para encontrar os meus quando continuei observando Camila que se encostou na porta, andei mais um passo em sua direção.

  — O que comeu? — Perguntei baixinho, gostaria de confirmar se estava certa sobre minha teoria da mentira de Camila, seus olhos se desviaram novamente e olharam para algum ponto fixo, longe do alcance de minha vista enquanto ainda a observava.

The Motel (Intersex) - Concluída!Onde histórias criam vida. Descubra agora