Inês: O que faz aqui?... sai daqui, esse é o banheiro feminino...- falei nervosa e com medo.
José: Calma Inesita... não farei nada - sorri me aproximando dela - não agora... mas em um outro momento, faremos... não pense que te esqueci... só espero que esteja de bico calado, ou vai sofrer com as consequências - falei segurando em seu queixo com força - está linda sua vagabunda... já está dando ao Hugo? Esse corpo é meu... só meu - apertei com mais força - em breve te castigarei - lhe soltei bruscamente e sai dali.
Me apoiei na pia, logo o vi sair e senti as lágrimas descerem por meu rosto. Me baixei ali e apertei a barra do meu vestido com força, chorava baixinho. Logo me levantei, limpei meu rosto, arrumei a maquiagem e voltei para a mesa, ainda estava nervosa. Estava apavorada para falar a verdade.
Inês: Hugo... por favor... me leva embora...- falei sem nem me sentar novamente - por favor...- o olhei quase implorando... tudo o que eu queria era sumir dali, o mais rápido possível.
Me levantei preocupado com seu estado, segurei em sua cintura e saímos o mais rápido que pude dali. À levei para o carro e logo para a fazenda. Fomos o tempo todo em silêncio. Após estacionar o carro, me virei e segurei calmamente sua mão.
Hugo: Inês... o que aconteceu meu bem?
O olhei ainda agitada, mas tentei disfarçar.
Inês: Nada...- falei em um fio de voz - eu... eu só não estava me sentindo bem... não se preocupe comigo...- falei tentando prender o choro.
Hugo: Sabe que não está sozinha - acariciei seu rosto - estou aqui para o que precisar... sabe o quanto te amo e te quero bem... Inês... eu quero muito estar ao seu lado e tudo que eu quero, é te pedir para ser minha namorada - beijei sua mão.
Inês: Eu sei...- lhe sorri fraco - obrigada Hugo... sua namorada?...- o olhei - Hugo... eu...- respirei fundo - está bem... eu aceito... mas quero que tenha plena consciência, de que gosto de você, mas... eu não te amo...- falei calmamente - não quero mentir para você Hugo.
Hugo: Eu sei Inês... só quero uma oportunidade de mudar tudo isso... eu sei que com o tempo irei conseguir meu amor - beijei sua bochecha - não quero que minta... quero à verdade, mesmo que doa.
Inês: Terá a verdade... mas não te garanto nada, em relação ao meu amor...- falei desanimada - agora eu vou entrar... não estou me sentindo muito bem.
Hugo: Será como quiser... tenha uma boa noite minha querida e se precisar, pode me ligar - nos despedimos e logo sai dali ao vê-la entrar em casa.
Quando entrei em casa, corri para o quarto que era meu e de Severiano. Me sentei ali no chão, abraçada ao seu travesseiro e chorei forte. Chorei até não poder mais.
Inês: Por que me deixou Severiano? Por que?... se estivesse aqui, aquele desgraçado não teria feito aquilo comigo... não teria...- chorava cheia de dor e desespero - por que?... por que não me protegeu dele? Por que? aaaiii... se você estivesse aqui, nada disso estaria acontecendo Severiano... nada...- apertei seu travesseiro soluçando.
Passei um bom tempo ali. Após sentir minha cabeça pesada de tanto chorar, me levantei devagar e sai dali, indo para o meu quarto. Tomei um banho e deitei em minha cama. As horas se passaram e não conseguia dormir. Sempre que fechava os meus olhos, a imagem daquele desgraçado e de tudo o que me fez, vinha a minha cabeça. Decidi levantar e ir a cozinha. Quando voltasse, iria para o quarto de Severiano novamente. Talvez ali eu conseguisse dormir. Era o único lugar que conseguia me deixar calma. Estava passando pelo corredor, quando ouvi um choro abafado, vindo do quarto onde estava à poucas horas atrás. Estranhei então resolvi ver quem era. Quando me aproximei vi Cristina ali e senti meu peito apertar com força.
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El Amor, No Se Explica - Cristina y Inês (Concluído)
FanfictionAmor não se explica... não se define... não se escolhe. Amor não tem cor, não tem gênero. Amor se sente... se vive... se permite. Obs: Se você estiver lendo essa história em qualquer outro site que não seja na wattpad, te convido a ler diretamente n...