Finalmente estava à caminho da fazenda. Havia me despedido de minha mãe, de meu padrasto e segui. Entrei em meu carro e fui.
Foram horas dentro daquele carro, até que cheguei. Estacionei o carro e entrei na casa procurando pela Inês, fazia tanto tempo que não lhe via. Me perguntava, como seria nossa convivência depois de todo esse tempo.
Naquela manhã havia saído bem cedo para inspecionar tudo na fazenda. Já era quase hora do almoço quando cheguei em meu cavalo. Vi um carro distinto e desconhecido dos da fazenda, desci de minha água e a entreguei a um dos peões, após lhe fazer carinho e me despedir dela.
Caminhei em direção a casa e logo entrei tirando o meu chapéu. Naquele instante me deparei com uma linda moça ali na sala e me aproximei.
Inês: Bom dia...- falei calmamente me aproximando... não esperava ninguém a não ser Cristina e a mesma não havia me avisado que viria hoje - em que posso lhe ajudar...- falei educada.
Entrei olhando para tudo e lembrando de tudo que havia passado ali. Ao ouvir aquela doce voz, me virei sorrindo. Ali estava ela, Inês. Quando lhe vi senti algo diferente, não soube explicar bem. Passei alguns minutos em transe, até que finalmente consegui falar.
Cristina: Bom dia... sei que não se lembra bem, mas... sou eu, Cristina... como está Inês?
Quando ela me disse quem era, não pude crer. Como estava grande aquela pequena garotinha.
Inês: Cristina...- sorri a olhando lindamente - como cresceu pequena... eu estou bem, na medida do possível minha querida... que bom que chegou... e me perdoe por não estar em casa quando chegou... é que eu estava no campo, fazendo a inspeção de hoje... e nem mesmo sabia que viria hoje...- ri - mas e você?... como tem sido todos esses anos?
Cristina: Não se preocupe Inês... eu sei como tem trabalhado duro para manter tudo isso aqui... cresci mesmo - sorri docemente - não poderia ficar uma pirralhinha à vida toda - brinquei - além do mais, eu nem avisei que viria... eu estou bem, na medida do possível estou bem... vim para ficar... quero te ajudar em tudo isso aqui... sei o quanto deve estar difícil... espero não estar te atrapalhando.
Inês: É não podia mesmo - ri a olhando - fico feliz que esteja bem... e não sabe como é bom ouvir isso... não me atrapalha em nada minha querida... eu estou precisando mesmo de alguém para me ajudar com tudo... e também, é bom ter alguém além de mim, morando nesta casa tão grande.
Cristina: Me desculpe ter demorado tanto para fazer isso... tive que terminar minha faculdade antes de vim... sei como deve ter sido difícil ficar aqui sozinha... espero trazer luz para os seus dias... sei que as coisas podem ser diferentes... até um pouco estranhas... afinal fazem anos que não nos vemos... nós mudamos muito...
Se estiver tudo bem, eu quero me aproximar de você... tentar ter um pouco do que tivemos no passado.Inês: Não se preocupe minha querida... eu entendo perfeitamente, tinha que construir sua vida... foi sim... mas depois de um tempo, a gente se acostuma a viver assim...- suspirei - sei que trará...- lhe sorri gentil - e sim... está tudo bem em você se aproximar de mim... estou muito feliz que esteja aqui Cristina... bom... agora eu preciso subir... tenho que tomar um bom banho... estou suja... vou pedir para uma das meninas limpar seu quarto e levar sua mala para lá... se quiser descansar um pouco, pode ficar no meu quarto por enquanto.
Cristina: Não vou te incomodar se ficar em seu quarto? Agradeceria muito... dirigi por horas... confesso que estou um pouco cansada.
Inês: Claro que não minha querida... vem...- falei indo em direção as escadas - vamos subir... se quiser pode tomar um bom banho e pode descansar o quanto quiser...- lhe sorri e subimos para o meu quarto - fique a vontade...- falei tirando meu suéter.
Cristina: Mudou de quarto? - questionei olhando tudo ao redor - obrigada Inês... vou pegar minhas coisas no carro e tomar um banho - ri - estou precisando.
Inês: Sim...- suspirei - tudo no outro quarto me lembra seu pai...- sentei na cadeira próxima a mesinha e comecei a tirar as botas - espero que não se importe Cristina... mas é que lá, me sentia ainda mais sozinha...- fui sincera - mas ele está do mesmo jeito... tudo do seu pai está ali...- falei pensativa e fechei meus olhos, lembrado por um instante do passado - bom... enfim...- lhe sorri fraco - vai lá... enquanto isso, vou tomar meu banho...- me levantei pondo as botas em um lugar ali e amarrei meus cabelos em um coque bagunçado.
Cristina: Não me incomodo Inês... a casa é sua e foi você quem ficou sozinha durante todo esse tempo... não quis te magoar com isso... me perdoe... com licença - falei e sai.
Inês: Cristina...- fui atrás dela e segurei em seu braço com delicadeza - não me magoou... é só que... ainda dói um pouco não ter seu pai aqui... não demora tá?... vou preparar o seu banho...- lhe sorri fraco e voltei para o quarto.
Vi ela sair e me encostei na parede, sentindo a dor daquele passado inconclusivo. Meu pai morreu e eu nem se quer lhe disse um adeus. Estar ali reacendeu tudo que estava apagado. Respirei fundo e logo voltei para o quarto.
Cristina: Inês... não precisa fazer isso... fico na sala, esperando que meu quarto fique pronto - falei calmamente.
Quando ela entrou me assustei, pois já estava sem blusa, apenas com a calça. Me virei de costas meio envergonhada, mesmo sendo ela uma mulher.
Inês: Não se preocupe... eu não tenho incômodo algum que fiquei aqui... até porque, pode demorar a limpeza do seu quarto... anda... vai pegar suas coisas... quando voltar, o seu banho já estará preparado.
Cristina: Me desculpe por isso... com licença - falei nervosa e sai dali indo para o carro... não soube explicar o que sentia naquele instante... principalmente aquele calor que percorria meu corpo.
Vi ela saindo e olhei para a porta, passei as mãos em meus cabelos e após terminar de tirar minha roupa, fui para o banheiro. Tomei um bom banho revigorante e quando terminei, fui para o closet.
Minutos depois voltei para o quarto, com uma de minhas malas. As outras pegaria depois, bati na porta e entrei.
Cristina: Inês... com licença...
Continua...
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El Amor, No Se Explica - Cristina y Inês (Concluído)
FanficAmor não se explica... não se define... não se escolhe. Amor não tem cor, não tem gênero. Amor se sente... se vive... se permite. Obs: Se você estiver lendo essa história em qualquer outro site que não seja na wattpad, te convido a ler diretamente n...