capitulo 6

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Chegamos na floresta e já estou farejando ao redor, depois de alguns minutos sinto um cheiro muito familiar, é um servo. Caminho com cautela sobre as folhagens secas ao chão. Fico á espreita, esperando o momento certo de atacar, quando me dou por conta já estou em cima do animal, ele luta um pouco e quase o deixo escapar, mas antes prendo meus caninos em seu pescoço e o sinto caindo ao meu lado.

Desde que meus irmãos foram embora viver suas vidas e meus pais trabalhando sem parar, acabei por caçar na maioria das vezes sozinha, por esse motivo acabei de tornando muito boa, rápida e ágil o suficiente para nunca falhar, mas claro, apenas na maioria das vezes.

Uivo alto para meus pais poderem escutar e virem ao meu encontro. Eles chegam e vejo surpresa e orgulho em seus olhos, talvez estivessem me observando ? Não tenho certeza. Mas se estivessem caçando já teriam pego algo.

Depois de nos alimentarmos, partidos para casa, nos transformamos em forma humana novamente e vou em direção ao meu quarto. Chego e vou correndo para o banheiro, pois estou cheia de sangue e odeio isso.

Tomo meu banho e logo coloco meu pijama, com certeza a parte da noite no qual me sinto mais confortável e a vontade. Me deito e sinto meus olhos pesando.

Antes de pegar sono ouço a porta sendo aberta, me viro e vejo mamãe a fechando novamente atrás de si mesma.

- Oi filha. Desculpe te incomodar, mas queria conversar rapidinho com você, tudo bem ? - Pergunta ela se sentando na cama ao meu lado.

Me sendo e balanço a cabeça afirmativamente á observando.

- Bom, daqui a um dia você completa 18 anos, e queria dizer que vão vir muitas mudanças e sentimentos. Vai se sentir confusa e ao mesmo tempo com medo e insegura. - Diz ela segurando minhas mãos e acariciando.

- Que tipo de medo, mamãe ? Questiono confusa.

Medo, Insegurança, Como assim ?

- Em relação aos seus objetivos ou seu companheiro. - Diz dando uma pausa e suspirando. - Você vai ficar com medo de se entregar e vai sentir insegurança por ter que ir morar com ele. Eu sei que vai ser difícil filha, mas estou aqui para te avisar e dizer que sempre vou estar aqui para o que precisar, eu e seu pai. - Diz acariciando minha bochecha com delicadeza.

- Se eu encontrar meu companheiro né mãe, talvez eu não encontre. - Digo nervosa.

- Claro que vai meu amor... Não pense dessa forma, você é maravilhosa com certeza vai encontrar sim.

- Espero que sim mamãe, não quero ir parar nas ruas ou ter que sair de casa, sem ter meu companheiro

- Eu nunca deixaria isso acontecer, não com você, minha filha. Mesmo sendo a lei, te deixar nas ruas não seria nem de perto uma opção. - Diz me deixando tranquila.

Eu só consigo sorrir.

- Vou te deixar dormir minha lobinha, boa noite. - Diz beijando minhas mãos.

Ela se levando e vai em direção a porta, olha novamente para mim e me manda um beijo, retribuo e ela sai.

Me deito novamente e fico pensando por um tempo e logo pego no sono.

***

 Acordo bem cedo como de costume. Me preparo deixando tudo organizado do jeito que eu gosto, tomo um rápido banho e coloco uma roupa larguinha e confortável, hoje está um dia fresquinho. Desço para tomar café e para a minha grande surpresa meu pai ainda está em casa.

- Bom dia, filha. - Diz papai sorrindo e vindo em minha direção.

- Bom dia, o que está fazendo em casa ? O senhor sempre sai bem cedo. - Pergunto incrédula.

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