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- É uma surpresa você ter uma fada. - Domminic murmurou, assim que sentiu a presença da virtude perto dele.

- Surpresa é você ter mesmo vindo. - Violeta sorriu.

- Talvez. Não nego que fiquei curioso para saber porque ainda está tão cheia de saúde. Era para você estar se contorcendo de dor há uma hora dessas...

- Pode ser. Mas eu tenho meus truques.

- Vim até aqui para descobrí-los. - ele deu de ombros.

- Bom, antes de tudo eu queria falar sobre o plano. Você deveria contar a verdade ao seu irmão e, tentar convencê-lo de que o ideal é terminarmos com essa guerra de uma vez por todas. Eu vou falar com a Angel também e... Eu acho que vai ser o gatilho que eles precisam para ficarem juntos. - ela disse, orgulhosa do que havia pensando. Mas só falar era muito fácil...

- Como é?!

- Qual é, Domminic? Nós dois já sabemos que essas últimas semanas têm sido maravilhosas para eles. Estão se abrindo, conversando, e em apenas três vezes que os observamos deu para perceber isso, imagina agora como devem estar. E sem querer ofender, mas nesse meio tempo, acha mesmo que seu irmão não deu aquele jeitinho?

- Jeitinho? - Dom franziu o cenho. - E o que seria esse "jeitinho"?

- Ah, você sabe... - ela começou, sem graça. - Pelo menos umas passadinhas de mão ele já deu nela.

- Você é mesmo pirada.

- Fala sério! Acha mesmo que seu irmão não já...?

- Óbvio que não! Derick não ficaria com um anjo, por mais tesão que ela causasse a ele.

- Ah, é? Tipo você? - a Virtude da Paciência, debochou.

- Exatamente. Tanto ele quanto eu temos nojo de tocar em um ser celestial. - o Pecado da Ira a olhou com desdém.

- Não foi o que pareceu da última vez...

- Cala a boca, só te beijei porque achei que você morreria. Eu não vim aqui para falar do Derick e da princesinha pomposa, quero saber como você ficou imune a doença. Você disse na carta.

Violeta suspirou.

- Uma maga, amiga minha, ela conseguiu fazer um feitiço ou algo do tipo para reverter a chamada "doença demoníaca". Vocês não podem ter qualquer contato íntimo com sua própria espécie ou outro ser celestial se não a doença é fatal, só os humanos se salvam por não terem poderes. Mas, antes de eu tomar a frente de te beijar, eu, sabendo das consequências, pedi em segredo a esta maga que fizesse para mim algo como um antídoto. E graças a ela... Eu estou aqui.

- Isso é interessante... Muito interessante. Quando o rei souber...

- Alto lá, Domminic! - ela gritou. - Você sabe que não pode ir correndo contar ao seu paizinho, porque ele vai descobrir que você beijou um anjo, um anjo qualquer não, a virtude que anula seu pecado. E tem mais, vai descobrir também que você encobriu o Derick e a Angel, e vai querer saber como você conseguiu a informação fresquinha de que um anjo foi salvo da doença demoníaca. Você vai se ferrar no final das contas.

- Violeta, Violeta... - odiava admitir, mas ela tinha razão. - Você sabe que eu ainda vou derramar seu sangue, não é?

- Ah, eu sei... - ela riu, se aproximando do corpo masculino. - Mas antes, aproveita que eu estou de bom humor e pensa em outra coisa para fazer comigo ao invés de me matar. - sussurrou no ouvido dele, o fazendo involuntariamente colocar as mãos na cintura dela e apertar, queria afastá-la, ela sentiu isso. - Eu sei que você também está sentindo essa tensão sexual e está louco para saciá-la. Eu não tenho medo de morrer, até porque se fizemos o que nos der vontade, nem irei.

In My HeadOnde histórias criam vida. Descubra agora