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Amália, ao finalmente abrir os olhos, deparou-se com a escuridão ao seu redor. Sentia um frio inexplicável que parecia penetrar até os ossos, enquanto seu corpo permanecia paralisado. Era uma sensação que a fazia imaginar que qualquer mínimo movimento poderia resultar em alguém puxando-a pelo pé. Apesar de nunca ter sido do tipo que temia fantasmas ou coisas sobrenaturais, não conseguia evitar pensar nisso enquanto decidia se era seguro ou não se mexer. Seus pensamentos se voltavam para o homem dos seus sonhos, para aqueles olhos vermelhos, e para o significado disso tudo.
Quando seus olhos finalmente se acostumaram com a escuridão, a claridade vinda da rua chamou sua atenção. Seu corpo ainda tremia levemente, e a sensação de terror persistia, mas ela se sentia, de certa forma, mais segura. Com um movimento rápido, puxou os pés para debaixo da coberta e se enrolou até o pescoço, como se o tecido fosse um manto protetor capaz de afastar qualquer ameaça. Permaneceu assim até que seu coração se acalmasse, apesar do incômodo causado pelo suor e pelo repentino calor que a envolveu quando o frio cessou.
Era por volta das seis da manhã quando o sol começou a clarear o céu, e Amália finalmente se sentiu segura o suficiente para jogar as cobertas de lado e mexer o corpo. Ela não havia dormido mais, com medo de sonhar novamente. Como nas outras vezes, sem saber a que horas havia acordado, passou o tempo cantando baixinho para afastar os sintomas da ansiedade até que a claridade invadiu seu quarto.
Amália não conseguia compreender por que havia sonhado com Carlisle Cullen. Desde que os pesadelos começaram, nenhuma outra pessoa havia aparecido neles. Ficou ainda mais confusa ao perceber que, no sonho, ele simplesmente ficava parado, observando enquanto ela morria. Tentou encontrar uma explicação lógica, talvez a conversa com a avó sobre a culpa que ele sentia pela morte da esposa tivesse influenciado seus sonhos. No entanto, logo descartou essa ideia, achando-a absurda. Não fazia sentido e nem valia a pena perder tempo com esses devaneios.
— Bom dia, querida — Abigail cumprimentou Amália assim que ela apareceu na cozinha, mas seu sorriso se desfez ao vê-la. — Minha nossa, Lia, você está bem?
— Bom dia, vó. — Ela sorriu e aceitou de bom grado o aconchego oferecido pela avó.
— Não conseguiu dormir? — perguntou Abigail ao olhá-la outra vez. — Teve pesadelos? Sabe que pode me contar.
— Fui dormir tarde, só isso. — Amália se sentou, atenta ao café que começou a servir.
— Tem certeza que é apenas isso? — perguntou Abigail desconfiada, se sentando à frente da neta. — Você se lembra da nossa promessa? Não esconder nada...
— Uma da outra... eu sei — Amália cortou a avó e suspirou de forma cansada. — Entendo sua preocupação e sei que a mamãe deve ter falado alguma coisa a respeito dos... pesadelos, mas podemos apenas fingir que eu não sou problematica por mais alguns dias?
— Querida eu...
— Por favor, vovó... só mais alguns dias. Um mês... então eu conto tudo o que quiser saber — implorou, os olhos úmidos.
Ela ansiava por falar, por desabafar e revelar tudo o que mantinha escondido dentro de si, mas se sentia incapaz. As palavras pareciam ficar presas em sua garganta, como se alguém tapasse sua boca e a forçasse a engolir cada uma delas. Em sua mente, uma voz insistente repetia que ninguém a entenderia, que seus sentimentos eram apenas frescura, drama, um mero "mi, mi, mi".
Enquanto Amália lutava contra a voz que minava sua confiança, sua avó sentia o coração apertar de tristeza. Ver a neta implorar daquela forma era devastador para ela. Abigail não queria ser invasiva, apenas desejava ajudar Lia a superar aquela situação o mais rápido possível. Por um momento, a senhora considerou revelar tudo o que sabia, mesmo que isso significasse desafiar as leis naturais e suas consequências. No entanto, Abby já estava pagando um preço alto por ter desafiado o que não devia, e jamais faria algo que pudesse trazer mais problemas para Amy.
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O Amor Me Trouxe De Volta - Carlisle Cullen (REESCREVENDO)
VampirosIsenção de responsabilidade: Este é um trabalho de ficção e eu não possuo a Saga Crepúsculo ou qualquer um dos personagens da saga, eles são de propriedade intelectual da autora escritora Stephenie Meyer. Os eventuais personagens originais desta his...