uma fábula em versos e rima୨୧
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dos olhos carvalho e germinada por um triz,
o sol amava-a por ser lídima e rara flor-de-lis
e ela, sua flâmula corpórea em beatriz,
— um clarão de vida rendado em anágua —
traía-o, sem mercê, com a esfinge metamorfoseada em água.
♡
ah, maldita nereide, a que pelo velho chico rastejava vagarosa
afrontando a aridez imortalizada pel'aurora cor-de-rosa!
ardilosa, cantava à sua amarílis misteriosas árias cruas
como ousava, cruel ninfa, seduzir a dríade das árvores nuas?
desafiar a verdade perfeita do rei-astro
com os fabulosos cânticos ofensivos ao sertanejo lastro?
♡
tais versos irreais fascinavam à miúda d'antagônica existência
contrastavam as veras d'aquela libélula transparência
cotejavam seu benesse hialino, eu lírio,
aviavam a borboleta folha-seca, fauna absolvida do delírio,
anuviavam o cravo luz beijado por febo apolíneo,
enterneciam o dote da menina crédula e pueril —
eternizaram-na como açucena enamorada pelo rio.
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fim.
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florilégio
Poetrypoesia e prosa poética ♡ metáforas em flores e fantasia para traduzir a intimidade de meus sonhos, amores e vivências, pinceladas com um ou outro conto de fadas...