reconto do mito de iamus
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cantiga à ione, a nereide por juno enleada
a estilar violáceas-lágrimas
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evadne, sacra princesinha...
alucinaram a luz de teu pélago arcádio
as flamas luzidias das madeixas e da boca apolínea...
e tal lustrosa escuma lavrou-se em teu doce ventre
lacrimando, em tuas írises, teu álveo e teu âmago,
a dor de doar o liláceo iamus
à mais solferina caminha que, em flor
e em silva, ao pequenino batiza...
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iamus, iamus...
a profética poesia à concha de tua orelha caricia
com o galopear alumiado e branco d'este mar netuniano –
lembra-te o berço da lhana brenha! lembra-te as doces mel-abelhas
bebericando o pólen a estufar de teus violáceos ramos...
iamus, iamus...
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iamus, iamus...
é à candura da balça que te afinas...
afianças; o lapear fino de zéfiro nas violas-purpurinas
assemelha-se ao ralo canto das liras... e as camas
de relva e de brama, dádiva de cervos e de ninfas-amas
tornam-se uma com a ascendência de tua água, tua flama!
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iamus, iamus...
e o alvoroçar de lírios-do-vale, emplumando de orvalho
o edulcorado dilúvio de teus lábios? tal saliva, alteza,
agora de ti lacrimeja, em malina e profecia...
iamus, flutuando, és um haríolo de entranhas púrpuras
uma harpia desvendando futuros marejados em ternura...
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florilégio
Poetrypoesia e prosa poética ♡ metáforas em flores e fantasia para traduzir a intimidade de meus sonhos, amores e vivências, pinceladas com um ou outro conto de fadas...