xviii. a linfa lilácea de delfos

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reconto do mito de iamus

cantiga à ione, a nereide por juno enleada

a estilar violáceas-lágrimas

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evadne, sacra princesinha...

alucinaram a luz de teu pélago arcádio

as flamas luzidias das madeixas e da boca apolínea...

e tal lustrosa escuma lavrou-se em teu doce ventre

lacrimando, em tuas írises, teu álveo e teu âmago,

a dor de doar o liláceo iamus

à mais solferina caminha que, em flor

e em silva, ao pequenino batiza...

iamus, iamus...

a profética poesia à concha de tua orelha caricia

com o galopear alumiado e branco d'este mar netuniano –

lembra-te o berço da lhana brenha! lembra-te as doces mel-abelhas

bebericando o pólen a estufar de teus violáceos ramos...

iamus, iamus...

iamus, iamus...

é à candura da balça que te afinas...

afianças; o lapear fino de zéfiro nas violas-purpurinas

assemelha-se ao ralo canto das liras... e as camas

de relva e de brama, dádiva de cervos e de ninfas-amas

tornam-se uma com a ascendência de tua água, tua flama!

iamus, iamus...

e o alvoroçar de lírios-do-vale, emplumando de orvalho

o edulcorado dilúvio de teus lábios? tal saliva, alteza,

agora de ti lacrimeja, em malina e profecia...

iamus, flutuando, és um haríolo de entranhas púrpuras

uma harpia desvendando futuros marejados em ternura...

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