xx. doce enlaçar, lira d'ar

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ode ao signo libra

o auróreo embalo esfumou-se, celeste,

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o auróreo embalo esfumou-se, celeste,

velando-se à espuma d'Ela que nasce ao leste...

pintando meiga citeréia no céu, libram-se, em amante seio,

tais pequeninas e estreladas filhas do devaneio –

a flora terrulenta bradou, ao alvor; "chamem-nas de libra!

caidiças gemas d'ar, descaiam à água em cisnes-linfas –

venham, alumiem a terrinha em diáfanas, venustas liras!"

espelho d'amarílis afrodísia –

doce chuva libriana, dissolvendo em suspiro na língua,

em abril na saliva! dilúvio da matina, embeba d'ínfima

brisa as setembris vilas; aluna-as na sêmis sulina...

esmaece os heus com esta aérea ária císnea...

teu canto surdo, tu'aura hialina, tecelã d'airada ninfa

rendando-a nume do remanso e da cantiga...

amenos dedos, entrelaçam a justiça

em aliança, em rósea neblina n'antemanhã latina;

liando a míngua artemísia à apolínea ira...

a gêmea empatia d'almas ativas e d'almas soníferas,

do aimanar o lustroso calor, do içar a ética saturnina,

do beijo de Marte em Vênus que fez encarnar Harmonia –

benigna, eufônica, ímpar dicotomia!

sétima indivídua, enamorada por sábias flausinas

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sétima indivídua, enamorada por sábias flausinas

n'etéreo útero de tua balança, a angélica sina asilas...

e geminastes tu, morosa mãe da simetria,

do espumar d'Urano unindo-se às espumas marinas

e d'afável enlaçar na lacuna da láctea via –

estelífero cisne, estelífera lira! pariram-te cadenciosa vinda,

donzela d'equilíbrio, eterna estrela albugínea...

Afrodite, venerando o titã da vida longínqua,

derrama os aljofrados suores de sua tez fresca;

... cadentes nácares, a remendarem a deífica em cerejeira!...

enamorada pel'áster símil dando à luz a constelada buganvília

eleva-se às nuvens, às azulíneas colinas... é rosada ainda,

eviterna em puerícia... mas mantém o amanho no peito,

a meditação como espelho... enfim vislumbras, Vênus Afrodisíaca,

... és a névoa narcísia... és libra!

 és libra!

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