O Trocador

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Quando voltava da da faculdade, fiquei de conversa com um amigo e perdi o ônibus. Só consegui Volta para casa meia hora mais tarde. O busão estava muito vazio, só deviam ter uns três lugares ocupados.

Quando fui pagar a passagem não teve como não reparar no cobrador. Uau! Que homem tesudo! Negro, alto e robusto, do jeito que eu gosto. Como eu ainda não o tinha visto por ali?

Hipnotizado pelo desejo, não tive outra escolha senão escolher o banco mais próximo para repará-lo bem.

Ele parecia imerso num livro de aventura que estava lendo. Senti-me à vontade para apreciá-lo dos pés a cabeça.

O boy calçava um sapato social de bico quadrado, percebi de cara o quanto seu pé era grande e largo. Já fui imaginando o tamanho do cacete.

Pelo modo que ele havia se sentado eu pude ver a meia preta protegendo sua canela grossa. Fui subindo os olhos e deparei-me com suas coxas bem abertas.

Caralho, aquele par de pernas preenchia com fartura todo o tecido da calça cinza. A parte do saco tinha um leve franzido. Havia ali um volumão capaz de fazer qualquer passivo salivar. Lambi os lábios vidrado de tesão, principalmente quando reparei nos seus dedos longos e rústicos.

Pena que a blusa azul de tecido fino não mostrava o desenho de sua barriga reta, mas felizmente consegui ver a sombra de seus mamilos rijos e protuberantes.

Os braços sarados e fortes quase rasgavam as mangas da camisa. Bateu logo uma vontade louca de apertá-lo.

No pescoço havia uma correntinha de ouro bem charmosa. O seu pomo de adão proeminente dava a ele um ar todo viril.

Admirei ainda sua boca larga de lábios carnudos e seu nariz comprido e fino. O cabelo bem curto, quase raspado lhe dava um charme todo especial. Puta que pariu, que homem másculo.

O encarei durante um tempo até ele perceber e olhar de volta. Desviei o olhar para tentar não dar tão na cara todo o meu interesse.

Ali desejei com todas as minhas forças que aquele cara cravasse o caralho dele dentro do meu cu.

Criei a estratégia de pegar o ônibus sempre naquele mesmo horário para vê-lo. Além disso, resolvi deixar a minha timidez de lado para aproximar-me dele. Era eu que sempre puxava papo. De início ele me olhava desconfiado, como se adivinhasse a minha intenção. Não tinha como eu não ficar sem graça. Mas determinado que sou, persisti na ideia de quebrar qualquer barreira. E deu certo, depois de algumas semanas estávamos bem entrosados e agora existia espaço até para brincadeiras. Conversávamos sobre qualquer tipo de assunto ( exceto sexo) e sempre que eu não dominava algum tema eu pesquisava a respeito para poder dar continuidade ao nosso papo do dia seguinte. Tudo na missão de fazer-me interessante para ele.

Chegou o momento em que já era hora de dar o próximo passo. Eu precisava falar que estava afim. Já não tinha como segurar tanto tesão acumulado por aquele homem. Se aproximava o momento de abrir o jogo.

O que eu fiz: menti para ele, falando que iria dar uma sumida do ônibus por que precisava fazer uma viagem de uma semana. Como desculpa passei o número do meu whatsapp. Foi a única maneira que eu encontrei de passar o meu contato sem que isso soasse estranho. Ele naturalmente me passou o dele também. Que sorte, eu não precisaria sofrer o martírio de esperá-lo chamar. Eu mesmo partiria para o ataque e daria um oi. Pela internet tudo seria mais fácil de desenrolar.

Um dia depois, ofegante e trêmulo, resolvi por em prática aquela minha loucura de cantar o cobrador pelo telefone. O cara dava todos os indícios de ser hetero e a chance de eu levar um fora e quebrar a cara era real. Mas a minha safadeza estava falando muito mais alto. Eu tinha que colocar as cartas na mesa.

As transas que nunca conteiOnde histórias criam vida. Descubra agora