Capítulo 1

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POV. Christian

Christian estava sentado em cima de sua grande mala verde de rodinhas. Ele comia lentamente amendoins japoneses, esperando pacientemente, Mason chamar um táxi. Não era tão difícil quanto nas ruas lotadas de Nova York, mas o homem negro e de músculos tonificados, se distraia muito fácil com o calor severo da Cidade do México, e com as pernas nuas das mulheres que passavam por perto. Christian aproveitava o momento para zombar do amigo o quanto podia, mesmo que também estivesse em uma situação ruim.

Realmente fazia muito calor onde estavam, a maioria das pessoas usando shorts pequenos e camisas frescas, talvez até um chapéu para se proteger do sol quente. Na verdade, olhando atentamente ao redor, Christian notou que eles eram os únicos a trajarem calças, botas, camisas e jaquetas pretas, mas aquilo era necessário para esconder todo o armamento que eles tinham por baixo da roupa. Mason citou durante o vôo, que levava em torno de dois ou três dias para se acostumar com a temperatura do país.

Mason finalmente conseguiu um carro, que levaria eles para a concessionária. O FBI tinha comprado duas motos pretas esportivas, dentro de cada uma, alojada estrategicamente, tinha um pendrive que continha as informações necessárias da missão. Algumas outras duplas estavam pelo resto do país com o mesmo caso, e com as mesma informações que eles, o que tornava todo o trabalho divertido e competitivo. A sorte, era que Christian e Mason caíram no centro, e que em algum bairro caro, o "chefe" do tráfico mexicano atuava, ou deixava de atuar, visto que o seu filho tinha completado a maior idade, ainda sem classificação e foto divulgada. Muitos apostavam que o garoto iria saí Guardião como o pai e o avô, já que rodava um boato que assim que o menino completara 12 anos, fazia tatuagens por todo o corpo, por puro hobby, mexia em armas pesadas e cuidava dos menores do grupo. Seu apelido também não fora revelado.

Logo depois de três longas horas, Christian e Mason estavam hospedados temporariamente em um hotel barato, com malas desfeitas e equipamentos montados, mas que ainda fazia o processamento do pendrive, e iria demorar bastante por causa do péssimo sinal, então eles resolveram que seria uma boa ideia andar um pouco pela cidade, talvez parar em algum canto para comer.

- Então... - Mason começou, olhando atentamente as lojas. - Você vai procurar o seu Little amanhã? - indagou.

Estava escurecendo, quase no final da tarde, o sol baixo no horizonte deixando a atmosfera calma, o cheiro de especiarias no ar. As mãos de Christian estavam geladas, como era sempre que ele viajava ou conhecia um novo lugar, como se fosse uma forma de sua ansiedade e curiosidade saí do seu corpo.

- Talvez. - Chris murmurou, enfiado as mãos frias nos bolsos da frente da sua calça jeans.

- Talvez?! Você esperou a vida toda por isso, e não quer nem vê-lo? Você tem uma puta sorte de temos parado no mesmo lugar que ele. - brandou Mason com clara irritação.

- Nunca falei que não queria vê-lo. - rebateu Christian encolhendo os ombros.

A rua em que eles caminhavam, estava lotada, turistas que iam e vinham das inúmeras lojas, as vezes um carro ou moto conseguia atravessava a multidão de pessoas. Uma música alta e ritmada se sobressaia em todo o quarteirão, ela vinha de uma grande e velha caminhonete estacionada no acostamento. Mason bufou com o barulho, mesmo que gostasse da melodia sensual, e se virou para uma barraquinha de burrito, deixando Chris para trás. Aproveitando a brecha, Christian resolveu mapear mentalmente a área, pegando o exato momento em que uma das meninas que dançavam em cima da traseira da caminhonete, caiu de bunda, derrubando uma outra garota.

Não evitando, Chris soltou um gemido surpreso quando alguém menor que ele, bateu com força em seu braço esquerdo. Era um adolescente, cabelos platinados quase loiros, uma máscara de caveira cobria metade do seu rosto, assim como as tatuagens cobriam metade do seu corpo consideravelmente pequeno comparado com o de Christian. A voz que saiu foi grave e enferrujada, como se o garoto tivesse com um enorme bolo na garganta.

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