Capítulo 3

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POV. Gael

Minutos depois

Gael se engasgou ao ouvi a resposta da sua pergunta - até certo ponto inocente - um pouco surpreso por ela. Seus olhos voltaram a embaçar em segundos, por uma razão totalmente diferente da primeira vez. Seu coração batia forte contra o seu peito a medida que ele ia arregaçando os olhos, tirando a mão do seu possível Guardião de perto dele. Seus ouvidos bombardeiavam ao mesmo ritmo da sua respiração irregular. Tudo, praticamente tudo o que vinha na sua cabeça agora, era que ele deveria o quanto antes sair dali, daquele beco sujo. Porém o seu corpo não respondia, ele queria outra coisa, ele queria carinho e amor

De uma forma, puta estranha, Gael se sentia ligado ao homem em sua frente, ou ao seu lado. Ele realmente não estava interessado em posições. Sem ao menos raciocinar o que estava acontecendo, Gael deixou um choramingo alto sair, seus lábios tremeram de antecipação enquanto o seu subconsciente se desesperava.

- Você está bem? - indagou o homem asiático. - Eu pensei que os sintomas já tinham passado. - murmurou preocupado.

- Carajo. - Gael praguejou, empurrando o "desconhecido" com força.

Christian, ou qual seja o bendito nome dele, grunhio confuso e irritado. Rosnando, ele olhou para Gael com raiva, a faísca de decepção no seu rosto foi o suficiente para o Little abaixar a cabeça com rapidez, escapando de sua boca um soluço submisso.

- Você tem uma bipolaridade do caralho. Eu estava querendo ajudar você. Comporter-se. - resmungou, se levantando. - Você é ingrato. Pensei que um little fosse mais educado com os mais velhos, principalmente com os guardiões. Não se deve falar palavrões de tão baixo escalão como os que você chama, muito menos empurrar ou bater em alguém que não fez nada. - repreendeu, balançando a cabeça em negação.

Outro soluço saiu dos lábios secos de Gael, que puxou as suas pernas, perdendo elas contra o seu tronco, enterrando o rosto nos joelhos livres.

- E-eu... D-desculpa... Desculpa-a... - tentou pedir, sem saber o que fazer para que Christian aparace de reclamar.

Sua mente estava estranha e embaralhada, como se ela quisesse mudar. Seu corpo ficou ainda mais agitado, tremendo, o ar ficando frio a cada segundo a medida que anoitecia. Gael sentia algumas lágrimas escapar dos seus olhos, deslizando lentamente pela sua bochechas, provavelmente coradas de vergonha. Ele se encolheu no momento em que uma mão quente e grande posou em sua cabeça, acariciando delicadamente seus fios de cabelo.

- Sinto muito, não queria fazer você chorar, garoto. - falou, sua voz soando próxima.

Abrindo os olhos, sem saber e perceber que os tinha fechado, Gael se deparou com as pernas e pés de Christian. O guardião se abaixou em sua frente, sem querer, a visão da sua cintura ficando na linha dos olhos de Gael. Seu rosto imediatamente se esquentou por ele está olhando mais do que deveria. A posição do homem marcava muito bem o seu membro contra a calça, trazendo um sentimento de excitação que saiu da mesma maneira que chegou, rápido. Gael não queria aquilo. Pelo menos não agora. Ele se sentia fraco, cansado e pequeno.

A mão que antes estava em seu cabelo, mudou de direção, apoiando em sua costas, fazendo uma leve e suave massagem calmante, continuando até que chega-se na parte de baixo dos braços de Gael. O little arfou surpreso quando as mãos, o ergueram do chão frio e duro, juntando-o ao outro corpo, um grande e quente, que ficou em pé. Com maestria, o asiático mudou rapidamente uma das mãos para a nádega de Gael, o apoiando, enquanto a outra continuava embaixo do seu braço, começando uma pequena dança para esfriar os nervos estressados do garoto. Gael observou com curiosidade os movimentos, mas parou assim que percebeu a altura em que estava, enlaçando os ombros largos de Christian em busca de proteção.

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