POV. Christian
- Daddy? - perguntou Gael, erguendo a cabeça, maravilhado com a surpresa parada na porta.
Christian deu alguns passos para frente, poucos, como se estivesse segurando o seu coração nas mãos, ou pior, a coroa da rainha Elizabeth recém polida (péssimo exemplo, mas era exatamente como ele estava se sentindo). Claramente nos últimos meses, seu corpo adotou a mania de ficar lento ou em disparada, qual dos dois fossem, quase causava um grande ataque cardíaco em Chris. Mas o sentimento, a emoção que ele sentia agora, não se comparava a nada que já teve o prazer de testemunhar. Pelo amor de Deus, era como se tivesse nascido novamente. Seus olhos negros estavam vidrados em Gael no tapete, suas mãos ansiavam em tocar na pele do seu little, Christian podia sentir a textura contra seus dedos ansiosos. Seu coração batia descontroladamente, alternando o ritmo frequentemente. Sua barriga parecia um buraco negro, que sugava toda a sua energia, Christian poderia até mesmo ter caído no chão, com suas pernas fracas, senão fosse por uma mão pressionada contra seu peito, não deixando ele fazer o resto do caminho até o seu pequeno.
E de repente, o cenário não era mais felicidade escaldante aos olhos de Chris, e sim, um tenebroso pesadelo, no qual, ele podia facilmente matar a pessoa que o impedia de se aproximar do que ele queria. Rosnando, Christian se atreveu a desvia a sua atenção, para o ser desprezível que estragou o momento perfeito para ter tudo o que queria e talvez mais.
Seguindo o braço com os olhos, analisando os mínimos detalhes, chegou ao rosto do indivíduo. Era uma mulher, sua aparência era jovem, mas não muito, lembrava bastante uma europeia, seus lábios eram finos, nariz ligeiramente pontudo, olhos verdes puxados para um castanho avelã claro, sua fisionomia era reconhecidamente familiar a de Gael.
Ele tinha um palpite de que a mulher - provavelmente inglesa - era a mãe do infantilista presente na sala. E saber disso causou uma amargura na boca de Christian. Poderia ser inveja, receio, ou ciúmes, porque ele não gostou nenhum pouco que outra pessoa estivesse como Guardião temporário de Gael, apesar da classificação obviamente não ser essa.
Tendo um grupo considerável de amigos cuidadores, Chris já ouviu muitos relatos de histórias contadas sobre e por eles, de como os Daddys/mommys se relacionavam pela primeira vez com seus sogros, cunhados ou guardiões que faziam parte da família do seu parceiro. A maioria odiava a menção de somente deixar seus littles por alguns segundos com seus pais, com medo e receio de que os pequenos preferissem eles, aos seus cuidadores. Era bastante normal hoje em dia, no entanto, como era a primeira vez de Christian testemunhando um ato de proteção, de rejeição em deixar que se aproximasse do seu filho, de Gael, ele não poderia fazer outra coisa se não odiar, rosnar e empurrar a mão que estava contra o seu peito.
Ofendida, a mulher estava prestes a ter uma briga corpo-a-corpo com o invasor, quando percebeu que não havia mais gritaria ou choro, era um silêncio libertino que logo foi atrapalhado por uma fungada alta. Todos no cômodo desviaram a suas atenções para Gael, ainda sentado no tapete branco caro. Sua expressão era estranhamente aliviada, como se a presença de Christian fosse o bastante para ele esquecer dos seus problemas e se acalmar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
My Brand
Fanfiction- Sinto como se fosse despedaça-me, pela simples menção de você não estar mais ao meu lado, me amando, me dando carinho e atenção, que eu realmente não mereço, devo confessar. No entanto, eu não posso deixa-lo viver nem mais um segundo ao meu lado...