MEU HERÓI • taekook

3. O pedido do príncipe.

Obs: capítulo modificado. Por conta disso os comentários bugaram.

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Os cabelos longos cobriam os olhos, não chegavam até os ombros, mas cobriam parte do seu rosto. Fraco, o menino de cabelos negros cochilava montado no alazão branco do cavaleiro, sua barriga roncava e as roupas estavam um pouco úmidas. O tempo estava nublado e Taehyung que achara que perderia apenas minutos após a briguinha com o troll, agora sabia que perderia mais algumas horas. Chegaria tarde em casa.

— Tae, estou cansado — choramingou o troll que estava com os pulsos amarrados, chamando o cavaleiro pelo apelido sendo preso à uma corrente de aço junto ao mesmo. Hoseok nem ao menos tinha fugido quando teve chance, estava lá sentado ao lado da rocha quando o cavaleiro subiu o buraco junto com o príncipe em seus braços. Agora ele estava dormindo tranquilamente com o rosto apoiado em suas costas, apesar de no início, se mostrar meio amedrontado com a ideia de levar o troll junto na viagem que seguiam.

Era um caminho pacífico, sem florestas, árvores. Apenas quilômetros de campos, contudo tudo em um planalto infinito que fazia os pés enormes do troll doer. Como era muito fácil transportar jóias, ambos ali subiam no cavalo e partiam em direção à sede dos heróis, claro que mantendo sempre as mãos do vilão amarradas, e corriam no cavalo chegando lá rapidamente. Acontece de dessa vez eram três passageiros, portanto alguém havia de ir em pé. E como um prisioneiro não tinha privilégios, lá estava ele andando e reclamando. Hoseok tinha a estatura de um homem anão, apesar de orelhas de abanos, pele cinza e pés de gigante.

— Falta pouco, e aliás, quem mandou você sequestrar uma pessoa? — Taehyung respondeu olhando para o horizonte vendo que não faltava muito para chegar a grande muralha de concreto que revestia a sede. Apesar de não conter tanta frieza na frase, seus sentimentos e decepção era algo que se multiplicava em sua cabeça.

A sede dos heróis era como um clube de grandes nomes heróicos, localizada no coração daquele planeta. Naquele mundo reinos, tribos, clãs, viviam juntos; todos misturados e completamente incompatíveis, épocas distintas, dentre elas a principal, que se tratava da era medieval. Príncipes e princesas, reis e rainhas, plebeus e assim por em diante, eram a parte normal de Masulsa. Entre eles também havia florestas e pântanos, responsáveis por serem o abrigo de milhares de criaturas místicas e amedrontadoras. Aquele mundo nunca evoluiu, é como se não houvesse cientistas, nada que pudesse ser ameaçadora à magia. Há anos, de geração em geração, o nome Kim tem o legado de proteger aquele lugar, para que as espécies não começassem uma guerra ali. Mantendo o domínio sobre tudo e criando parte das leis gerais. Onde dizia que só a sede que comandava poderia denominar se haveria mistura entre espécies.

Humanos naquele mundo, poderiam ser mágicos ainda. Havia bruxas, feiticeiras, curandeiras. Tantas culturas que os tornava mestiços, os reinos ainda tinham suas próprias regras, sejam eles queimar bruxas ou não, mas não poderia passar daquilo. Os humanos não tinham permissão para atacar criaturas mágicas de espécie distinta, como demônios e fadas. Jamais.

Era preciso haver controle e prezar pela vida. Taehyung odiava ser condenado a cuidar de Masulsa, que parecia ter saído de um conto de fadas durante sua vida inteira, mas sabia a tamanha responsabilidade que tinha, para manter aquele lugar em perfeita harmonia.

Erros como o que Hoseok fez, são crimes pesados, já que envolvem raças diferentes. E há séculos aquele mundo era o mesmo. Sem tecnologias, sem estudos avançados, nem mais, nem menos. Sempre o suficiente. De acordo com o livro dá sede, o mundo humano havia evoluído em pouco tempo, mas Masulsa havia de ser assim para sempre.

Os dois mundos se ligavam por um portal gigante que se encontrava no coração do mundo, por isso a muralha foi construída lá. Para que não haja essa quebra de regras e criaturas mágicas passem para o mundo real. Alguns cavaleiros, como Taehyung, vivem uma vida normal no mundo dos humanos, mas ao completar 16 anos, são treinados e jogados nesse mundo para que cumprão o seu legado hereditário.