MEU HERÓI • taekook

5. O caçador de tigres.

Oi gente, eu pesquisei sobre banho na idade média e tipo a realeza tinham criados para lhe dar banho, inclusive o rei tinha alguém até para limpar sua bunda. Então imagina a dependência do nosso pobre Ggukie, mimado o menino. Enfim bom proveito <3 E outra, eles não tomavam banho todo dia sksksks. OBS: Sir é um pronome que dão para cavaleiros da nobreza.
Enfim, boa leitura, bjsss.

⫷...⫸

Brrrrh.

Com a visão tapada pelos cabelos que cobriam seus olhos, despertou meio espantado com o ruído que seu próprio estômago fez e se sentou de uma vez na cama, olhando para os lados como se estivesse numa floresta selvagem, sentindo-se em perigo. Afinal não lembrava de nada após pular de uma porta que dizia-se ser mágica. Mas não passara de apenas um pequeno susto.

Soltou um lufo de ar calmo, estava em um lugar seguro e o cheiro os lençóis que cobriam seu corpo tinham um aroma bom, ao contrário do cheiro que vinha de si. Os punhos vieram até a altura do rosto e sonolento coçou os olhos tentando enxergar melhor. Juntou as mãos no centro do peito, desabotoando o manto marrom que lhe cobria, afinal o tecido grosso já estava pesando em seus ombros, ficando apenas com a roupa surrada que tinha pegado emprestado. Não acreditava que tudo aquilo tinha acontecido e a culpa era sua. Tinha ódio do seu sequestrador, mas sentia que tinha uma parcela de culpa.

Escutou alguém roncando e olhou ao redor procurando o causador do barulho, vendo que era o cavaleiro se acalmou um pouco com a presença do mesmo. Aquele lugar era estranho e pequeno, o que parecia um quarto tinha paredes excêntricas, com desenhos geométricos e inúmeras imagens que pareciam desenhos de momentos vividos, era a única comparação que havia arranjado, pois no lugar que morava não haviam inventados fotografias ainda, o tapete era pequeno e redondo e um veículo estranho azul com duas rodas estavam grudadas na paredes. O espelho era simples e de lá podia enxergar o seu reflexo, nunca tinha deixado os cabelos crescer e nunca viu o seu rosto ficar tão sujo assim, ver a sua imagem daquela forma havia sido um soco no estômago. Diferente do castelo em que morava, havia uma tela mágica estava grudada na parede e por mais louco que isso poderia parecer para o nobre príncipe, havia pessoas lá dentro, falando e conversando como se não estivessem presas em uma caixa tão pequena.

Estava boquiaberto, até tinha esquecido um pouco da fome que sentia. A poção tonificadora que tivera tomado havia ajudado um pouco com isso, mas ainda sim não era o bastante para saciar a fome de semanas. O mais impressionante naquele quarto, além das pequenas pessoas dentro de uma caixa, era o pequenino monstro branco com barbatanas que giravam sem parar ventilando ar para os dois deitados ali. Se perguntou se aquele era um tipo de criado. Aquele mundo parecia muito mais incrível do que podia imaginar, jamais viu um criado abanar vento tão rápido, fazia o quarto ficar geladinho e a sensação era boa.

Seu cérebro estava explodindo com as informações, então olhou para a única coisa que conhecia naquele lugar, Kim Taehyung. Esse estava dormindo com a boca aberta, diferente da grande armadura que ele usava no dia anterior, agora ele parecia ter até mesmo inofensivo naquelas roupas que usava, um tecido escuro com desenhos de seda. Ele estava com o rosto limpo, desde que conhecera o cavaleiro, ele estava tão imundo quanto si, mas hoje a sua pele até brilhava de tão limpa e os cabelos sedosos já não estavam mais bagunçados, pareciam lisos até demais.

Jeongguk fingiu uma tosse, em busca de acordá-lo, e se virou na cama tocando os pés no chão. Jogou o manto que ainda combriam suas pernas no chão e seguiu em caminho ao loiro com as roupas de baixo. Se encolheu ali, ficando agachado com as mãos sobre os joelhos e soprou seu rosto a fim de acordá-lo.

Aquilo era estranho para o nobre, estava acostumado a acordar com servos do seu lado, prontos para lhe vigiar durante o dia e cuidar de si. Sua barriga roncou de fome de novo, aos poucos pequenas lágrimas se formavam no canto dos seus olhos, estava frustrado consigo mesmo por ter se metido nessa situação. Mas respirou fundo se recusando a chorar, afinal graças ao cavaleiro estava numa situação mil vezes melhor do que quando estava naquela caverna. Se levantou brevemente esticando as pernas e a coluna, aquele havia sido o melhor sono da sua vida, mesmo que aquela cama não fosse tão grande e luxuosa como a sua. Começou a caminhar pelo quarto indo em direção ao veículo azul e girou suas duas únicas rodas se impressionando com a leveza, alguém conseguia andar naquilo? Se até um cavalo tinha quatro patas, não entendia como aquilo poderia funcionar.