Oizinho, finalmente sexta ksksksks Eaí nenéns, como vcs tão?
Recomendo colocar essa música só quando o Teteco der o sinal, quem ler vai entender que sinal é esse.Bjs mozinhos, boa leitura. Essa música é linda e combina demais com o momento <3
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— Hm? — Kim perguntou por reflexo, sabia que a pergunta havia sido direcionada até si, mas fazia anos desde a morte do seu pai que não escutava aquele tipo de pergunta. — Você falou comigo?
— Claro — o homem respondeu com uma expressão apreensiva, confuso pela dor que o menino sentia, afinal ele parecia estar saudável, limpo, bem alimentado. Não aparentava ser do tipo que acabara de descobrir um câncer mortal. — filho, quer desabafar um pouco?
Taehyung sentia que não podia responder, não teria como explicar para alguém o que acontecia consigo, como havia perdido os pais e como havia brigado com a única pessoa que lhe fez companhia em um almoço pela primeira vez em cinco anos. Apenas ficou calado com os olhos voltados para o concreto embaixo dos seus sapatos e levou uma das mãos até a bochecha limpando uma lágrima, por mais que fosse inútil, pois seu rosto estava todo molhado. A franja clara tapava seus olhos e havia saído sem casaco, sentia um pouco de frio.
"Pode falar o que quiser" falou coçando a garganta com uma tossida forçada "apenas 5 mangos".
Kim fechou os olhos revirando-os por baixo baixo das pálpebras e respiração frustrado, era mais do que óbvio que ninguém lhe perguntaria um simples "você está bem?" A troco de nada. Mas não culpava o homem, afinal o mesmo não parecia muito bem afortunado.
— Vamos, levante daí. — disse o homem de idade aparentemente avançada que se levantou igualmente e se encostou na parede olhando as pessoas andarem pela calçada larga da avenida principal, lá havia muitos carros, muito barulho, muitas pessoas, definitivamente era o lugar perfeito para esconder o sofrimento humano.
O homem grisalho coçou a barba vendo o rosto cabisbaixo do jovem se aproximar e grudar as costas na parada repetindo seus atos, lado a lado assim como ele, olhando todas aquelas pessoas despreocupadas e egoístas indo resolver seus próprios problemas. O cigarro foi tragado pela boca silenciosa, o homem nada falava, apenas observava as pessoas indo de um lado para o outro.
— Qual é o seu nome? — ele perguntou jogando a bituca do cigarro no chão e pisando em cima, colocou as mãos sujas nos bolsos da calça larga e surrada ainda olhando para frente, ambos não faziam contato visual, qualquer pessoa sairia correndo já que se tratava de um homem sendo gentil, algo duvidoso para tal raça que sempre faz caridades em busca de resultados, possivelmente portando uma arma e abordando um jovem em um estado frágil, aos prantos. Mas a pergunta marcante ainda comandava suas decisões.
“Não tenho nada a perder, não tenho como voltar” pensava, dizendo para si mesmo com o sentimento de que a vida não valia a pena. Mesmo assim não respondeu, permaneceu com sua quietude abafando o restante das lágrimas que seu coração guardava. Respirou fundo, sentia como se tivesse levado uma martelada na boca do estômago, seu cérebro doía, a tristeza às vezes pesava mais para si do que machucados físicos.
— Se sente sozinho, não é mesmo? — a pergunta direcionada a si lhe deixou um pouco assustado, era exatamente como se sentia. Engoliu a seco chutando uma pequena pedra que havia no chão, que rolou até o mar de pernas apressadas que não paravam por um segundo sequer, tocou a polpa dos dedos no nariz limpando um pouco, se sentia como um moleque mimado chorando daquela forma, já que estando do lado daquele senhor, poderia dizer que ele possivelmente estava com fome e não tinha um teto para dormir. Sabia que tinha uma vida boa, mesmo que não fosse a ideal.
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MEU HERÓI • taekook
FanfictionUma infância voltada para livros de contos de fadas, fez com que Kim Taehyung se apaixonasse por lutas e armaduras prateadas, contudo ele não imaginava que ao crescer, teria a chance de viver de tal forma, pois apesar de ser um humano comum, ele tam...