10 de Abril de 2016

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Ao longe alguém chorava, um pedido de socorro entrecortado em lágrimas e soluços recorrentes.

Uma alma quebrado de um homem em desalento, pobre de espírito e desprovido de coração pulsante, vagueava entre os humanos, opacamente, sem ser notado.

Suas asas, que antes cintilavam com a luz do sol, agora delineavam as sombras, afugentadas pelo calor que emana dos céus.

Os olhos caídos e sem vida, cobriam, de longe, a pessoa que lhe levou ao ápice da felicidade e logo em seguida ao mais profundo amargor da solidão, e, assim, as lágrimas queimaram marcando seu rosto abatido, a dor lhe descendo a garganta como se engolisse navalhas cobertas de álcool.

- Eu te amo Hong, não se machuque assim, por favor...

Sussurra, para o vento, sabendo que não pode ser ouvido.

Seu coração se contorce e ele cai em agonia novamente como em tantos outros momentos, e é como se seu tórax fosse atingido por várias facas em brasa, impiedosamente, de novo e de novo.

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