14 de Março de 2016

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Depois de uma aula estressante de psicologia, Hongjoong caminhava, conversando e rindo, com seus amigos.

Como na maioria das vezes, ele se sentia distante, um sentimento estranho de que suas lembranças não eram realmente suas.

De repente, um carro passa a toda velocidade ao seu lado, o vento batendo forte em seu rosto, o corpo caindo, violento, no chão, enquanto seu coração pulava descompassado no peito, efeito da adrenalina causada pelo temor da morte.

Os amigos correm para ajudá-lo a se levantar, mas Hongjoong não lhes da importância quando seus olhos batem em um rapaz de cabelos negros passando do outro lado da rua.

Sua pupilas se dilatam e uma dor aperta seu coração. Ele corre, empurrando as pessoas ao seu redor, e atravessa a rua estabanado. O suor escorrendo frio por seu rosto, as mãos trêmulas, e os instintos aguçados, sedentos de curiosidade.

- Você.. – puxa o desconhecido pelo pulso. – É você, eu tenho certeza, eu sei que é você! – exclama em uma erupção de confusão.

Sua cabeça se enrola em uma interrogação. Não faz sentido. Foi só um sonho. Como poderia ser?

- Por acaso você fugiu de algum hospício? Eu não conheço você. – puxa o próprio pulso com violência, a irritação e o desprezo cruzando seu rosto.

- Eu tenho certeza que é você... Sim! Eu sei que é! – grita desamparado.

O garoto lhe olha com desprezo e lhe dá as costas com as mãos nos bolsos, os cabelos negros e revoltados voando ao vento.

Hongjoong se vê caindo em um poço de insanidade. Sua mente se torna turva, um mundo totalmente distorcido se forma ao seu redor, e então, está afogando num mar de escuridão, de dor, de agonia, de incerteza.

E então a cena se desfaz em um amontoado de cinzas.

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