15| Narração

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Lexie

As ruas de Califórnia estavam um caus, uma das avenidas principais estava interditadas, o que deixava um único caminho que passava para o meu bairro mais movimentado. Por isso que pedi para Mark pegar as crianças, antes de sair do estacionamento do hospital, vi o storie que Meredith fez.

Depois de pegar tudo que precisava no mercado, dirigi direto pra casa. Estacionei logo atrás do carro de Derek parado em frente a garagem, de duas a uma, ou ele estava em casa, ou Mark que está com o carro dele. O carro branco impede que eu entre na garagem então deixo ali mesmo, pego as compras, justamente com minha bolsa. Assim que entro em casa, deixo as coisas na cozinha, o silêncio reina, caminho pelo corredor que leva para os quartos. Posso ouvir as risadas vindo do quarto, e acabo sorrindo. A porta aberta me permite ver Mark deitada no meio das crianças, com os dois deitados em seu peito.

- Esses bebês silenciosos não são os meus. -digo ganhando a atenção dos três.

- Mamãe - Pie, e Soso gritam pulando da cama. Logo tendo os dois agarrados em mim.

- Oi, meus amores. -beijo suas cabeças. - oi papai. - me aproximo da cama deixando um selinho nos lábios de meu marido.

- Mamãe, estamos titindo desenho. -Pierre sobe na cama.

- É, é Lilo & Stitch. - explica Sofia se sentando em minhas pernas.

- Que legal princesa. - passo as mãos por seu rabo de cavalo todo torto e frouxo. Mark poderia tentar, mas nunca conseguia arrumar o cabelo de Soso, e o mais interessante é que nossa menina adora quando o pai arruma.

- Você que esta com o carro do Derek? - olho pra Sloan que olha pra televisão.

- Uhum.

- O que você tem? - pergunto por ele nem me olhar.

- Nada.

- Porque ta assim então? - coloco uma mexa de cabelo para trás da orelha.

-To normal Caroline.

- Então tá. Eu vou fazer o jantar. - coço a garganta.

- Eu vou te ajudar, mamãe.

Com Sofia nos braços saio do quarto. E me pergunto o do porque, Mark está assim. Minha menina tem as pernas em volta de minha cintura, agarrada em meu pescoço, enquanto beija meu queixo me fazendo sorri. Nunca imaginei que com menos de trinta anos eu estaria casada, e seria mãe de duas crianças de quase quatro e cinco anos.

Coloco Soso sentada na banqueta alta.

- Mamãe, a dinda Addie, me deixou segurar o Vini hoje.

- Que legal filha. O que mais você fez lá? - coloco alguns legumes picados em cubo dentro da vasilha. Eu já os comprava cortado, o que facilitava minha vida, era um pouco mais caro? Sim, mas valia apena ao meu ver.

- Comemos pãozinho, a dinda Mer me deixou arrumar o cabelo dela, e - a mesma coloco a mão no queixo pensativa, acabo sorrindo com a fofura - e falei com a tia Smile por vídeo.

- Tudo isso? - coloco água na panela de pressão juntamente com os legumes lavados.

- Sim. Foi legal.

...

- Não, Pie na sua cama. -digo fazendo um carinho nos cabelos loiros volumosos. - Você é o homenzinho da mamãe lembra?!

- Sim, igual o papai. -diz sonolento se agarrando mais a mim.

Sofia já estava dormindo em seu quarto, e Pierre lutando contra o sono em meu colo. Estavamos assistindo um filme na sala, filme que Mark escolheu.

- Ele dorme com você. -o loirinho faz um biquinho fofo.

- Porque eu preciso proteger ela à noite, e você tem que proteger a Soso. - explica Mark.

- Tá. -é tudo que ele diz depois de soltar um bocejo.

Mark ainda estava calado, apenas trocamos poucos palavras no jantar, o básico, deixaria para conversar com ele quando colocasse nossas crianças na cama. Agora só faltava Pierre se entregar de vez ao sono para poder conversar com Mark.

Alguns minutos depois, Pierre acaba dormindo, o coloco em sua cama cobrindo o seu pequeno corpinho. Checo Soso antes de sair do quarto.

- Vai me contar porque esta assim? - me sento na beira da cama.

- Já disse que não é nada.

- Você sabe que te conheço muito bem para saber que algo esta te incomodando.

- Só não gosto dessa sua amizade com George.

Tá, isso não era surpresa para mim, desde que apresentei ambos, Sloan não foi logo de cara, com a cara do homem, atitude que não entendia, George é uma cara super bacana amoroso, uma grande pessoa.

- Já falamos sobre isso. -prendo meus cabelos em um nó frouxo.

- Sim...e você sabe o que penso.

- Sei e respeito. - me deito debaixo das cobertas, passo meus braços por sua cintura e escondo o rosto em meu pescoço sentindo o seu delicioso cheiro. - ele é meu amigo, amor. Apenas respeite minhas amizades como respeito as suas.

- Eu respeito. -suas mãos passeiam por meu braço fazendo um carinho gostoso.

- Não sei do que você tem medo, mas lhe digo uma coisa -ergo minha cabeça para olhá-lo. - não precisa ter, uhm? -deixo um demorado selinho em seus lábios. - te amo.

- Também amo você, little grey.

Me aconchego mais eu seus braços, como se nossos corpos pudessem fundir um no outro.



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