Muitas pessoas confundem as crenças das religiões Afro-brasileiras pelas coincidências de alguns ritos, por ouvirem falar de tal religião ou simplesmente por incluírem todas num mesmo termo como "macumba" ou "feitiçaria" pela falta de informação ou interesse em tentar conhecer cada uma delas.
Todas as religiões Afro-brasileiras tem seu encanto e suas particularidades, e como uma religião deverão ser respeitadas, pois independente de seus ritos e suas pregações, o caminho sempre é o mesmo, chegar a ser merecedor da benção do pai maior, seja ele conhecido por Deus, Zambi, Olorum ou qualquer nomenclatura que leve.
Portanto abaixo descrevo essas religiões Afro-brasileiras:
TORÉ:
O Toré é uma dança que inclui também práticas religiosas secretas, às quais só os índios têm acesso. O objetivo ritual do Toré é a comunicação com os encantos ou encantados, que vivem no reino da jurema ou juremá, referência à bebida feita com a casca da raiz da juremeira. Quanto à dança propriamente dita, ela assume características diferentes em cada comunidade. Eles dançam em círculos, em sentido anti-horário, fazendo e desfazendo sucessivas espirais. O grupo dança formando quatro filas, que fazem variadas coreografias, criando movimentos de rara beleza. O ritual, que começa por volta das 21h e vai até as 3h da manhã, é uma dança coletiva acompanhada por cânticos e pelo som de chocalhos feitos de cabaças. O que mais impressiona no Toré é a força com que todos pisam o chão, de forma ritmada, juntos, como se fossem uma só pessoa.PAJELANÇA:
Durante o ritual terapêutico, o pajé reza e fuma ao mesmo tempo, baforando a fumaça do tabaco sobre o corpo do doente. Enquanto isto sustenta em uma das mãos o maracá, cujo ruído assinala a aproximação do espírito. O pajé pode alcançar o transe fumando e hiperventilando continuamente, o que lhe provoca visões que lhe direcionam para compreender os atos estranhos que se sucedem na aldeia, ou para predizer sucessos e insucessos.A pajelança é um ato-ritual de cura, levada á cabo por vários pajés. Nestas ocasiões eles se reúnem para fins curativos ou cuidar da realização de um feitiço que beneficie todas as comunidades participantes do evento. A crença da pajelança é assentada na figura do encantamento, ou seja, é um culto à encantaria. Encantados são os seres invisíveis que habitam as florestas, o mundo subterrâneo e aquático, regiões conhecidas como "encantes". Os pajés servem de instrumentos para a ação dos encantados. Para tornar-se pajé, o indivíduo precisa ter um dom de nascença ou "de agrado" (adquirido).
O CATIMBÓ:
A Jurema é uma árvore que floresce no agreste e na caatinga nordestina; da casca de seu tronco e de suas raízes se faz uma bebida mágico-sagrada que alimenta e dá força aos encantados do "outro-mundo". É também essa bebida que permite aos homens entrar em contato com o mundo espiritual e os seres que lá residem. O Catimbó, envolve como padrão a ingestão da bebida feita com partes da Jurema, o uso ritual do tabaco, o transe de possessão por seres encantados, além da crença em um mundo espiritual onde as entidades residem.
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COISAS DE UMBANDA
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