Capítulo 13 - Por que, Marceline?

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Adivinha quem voltou, meus amores?

Bem, antes de partimos para a diversão, eu me sinto na obrigação de ter uma conversinha com vocês, seus viciados em hot. (não que eu não seja hehe)

Eu sei que aticei vocês com o capítulo 11 e dei a entender que iria acontecer mais alguma coisa. Então vamos colocar os pingos nos is aqui: por mais um tempo, não vai rolar. Desculpa.

Eu tô dando duro aqui pra representar as personagens da forma mais sincera e realista possível. Nós estamos falando de duas adolescentes problemáticas aprendendo a lidar consigo mesmas. Elas ainda não se conhecem muito bem.

Vocês não conhecem elas muito bem. Era aqui que eu queria chegar. Se vocês futricarem os comentários dessa fic vão achar um bom punhado de gente meio confusa, pegando certos sinais deixados ali de propósito e sem entender nada, dando seus palpites, fazendo teorias. Eu ainda não rezei toda a missa que eu tenho pra rezar aqui. "Quando Eu Não Lembrar De Você" tá longe de ser o capítulo mais triste.

Não quero dar spoiler, mas esse e o próximo capítulo vão explicar de uma vez algumas coisas. Mas pelo universoooo parem de perguntar cadê o hot kkkkk um dia vem eu juro.

Por hora, espero que aproveitem a leitura! Xoxo
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Tinha algo de estranho em Marceline naqueles dias, pensava Bonnibel.

Talvez tivesse começado na segunda feira logo depois da visita delas a Simon. No horário de almoço, o assunto surgiu como costuma surgir sempre em meio a adolescentes curiosos. Sexo.

Ela nem tinha dado muita atenção ao assunto. Não é como se ela tivesse algo útil para acrescentar nesse tema. O que lembrava é que tinha a ver com Guy, e uma garota que quis ficar um pouco íntima de mais dentro da escola. E aí começou um debate sobre "você conseguiria ficar relaxado o bastante pra fazer isso dentro do colégio?"

Lembra vagamente de Marshall Lee cutucar a irmã e dizer em tom zombeteiro para os colegas que ela não via o menor problema nisso. E Marceline meio incomodada, por que ela já estava meio de saco cheio da história sobre a filha da professora de instrumentos de corda. E em algum momento da discussão, Bongo a cutucou com o pé por baixo da mesa, perguntando qual seria o posicionamento dela.

Ela tentou despistar, dizer que não sabia muito bem, que estava ocupada lendo para a aula de literatura, mas com a insistência do menino, acabou por deixar um "Sei lá, eu sou virgem, inferno" escorregar entre dentes cerrados e um rosto corado de vergonha. Bongo pediu desculpas, os demais apenas acenaram com a cabeça em compreensão. Sem piadinhas. Mas foi quando seu olhar cruzou com o de Marceline que algo a incomodou.

A garota olhava para ela com uma expressão preocupada, como se a revelação tivesse um peso maior para ela. O olhar de Marceline era parecido com aquele que dava quando estava analisando se Bonnibel passaria ou não em um de seus inúmeros testes pessoais. Dessa vez, Bonnibel sentia que tinha sido reprovada.

E ela realmente estava diferente. Agora, os beijos roubados pelos corredores do colégio eram mais cuidadosos. Quando ficavam sozinhas por tempo prolongado, Marceline parecia tensa.

Tinha tanta coisa que Bonnibel queria tentar, tinha tanto de Marceline que queria provar. Não estava preocupada com rótulos. Não se importava de ser só mais um no meio das dezenas de casinhos de Marceline. Não estava apaixonada por ela. Era absurdamente carnal, de um jeito que ela nunca sentiu, por ninguém, em momento algum.

Mas naquela semana, Marceline parecia ter imposto um mundo de barreiras entre elas que não estavam ali antes. A Marceline dos primeiros dias era sedenta, despreocupada, tinha a mão boba. Fez Bonnibel descobrir cantos do próprio corpo que ela nem sabia que estavam lá. Fez a garota perder o bom senso, desesperada por mais, quase disposta a levar aquilo até o fim.

Agridoce - Bubbline AUOnde histórias criam vida. Descubra agora