Agridoce - Bubbline AU

Capítulo 9 - É hora de... Festa!

Atualização em tempo recorde!! Odeio a quarentena, mas ela tem essa vantagem.

Acabei de descobrir que vou ficar um mês de férias e só vou receber quando estiver praticamente voltando ao trabalho, então estou desesperada e puta da vida. O que é ótimo pra vocês, por que vou ficar escrevendo pra descontar a raiva.

Aproveitem seu capítulo fresquinho, boa leitura! xoxo
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Deus. Ela se sentia exposta.

Bonnibell caminhou pra dentro da festa, Finn e Jake logo atrás dela. Hayley e Lucy já tinham corrido na frente, frenéticas e ansiosas para cumprimentar seus amigos e beber do copo deles.

Ela se aproximou de um grupo de pessoas conhecidas, cheerios e meninos do time de futebol. Eles a avistaram e logo começaram os elogios. Uma das meninas se aproximou, pegou sua mão e a fez dar uma volta em torno de si mesma, exibindo por completo o look.

A garota parecia uma deusa.

Uma movimentação se fez atrás dela, o que a fez se virar. Era Marceline, vindo em sua direção com Priscilla logo a fente.

Marceline usava uma blusa regata preta, com uma boca vermelha desenhada, uma gota de sangue escorrendo no canto. Acompanhando, usava uma saia plissada, xadrez em preto e cinza. Nos pés, um all star preto de cano médio.

O olhar forte estava ainda mais marcado por uma maquiagem preta, bem esfumaçada. Os lábios tinham um batom de um vermelho sangue, escuro e denso.

Ao seu próprio modo, a garota também estava incrível.

"Hey, finalmente vocês chegaram!" Disse Priscilla, totalmente maravilhosa em seu vestido roxo e brilhante, a maquiagem bem leve pra balancear, seu cabelo afro perfeitamente trabalhado. Marceline veio logo atrás, cumprimentando primeiramente Finn e Jake (os quais já haviam conquistado sua amizade), e dando um aceno de longe para Hayley e Lucy. Ela claramente ainda não ia muito com a cara de nenhuma das duas. Então, se virou para cumprimentar Bonnibell.

"Hey, Bonnibell. Pensei que não fosse mais chegar!" - disse a garota, se inclinando e dando um beijo na bochecha da outra menina. Bonnibell se espantou de princípio, mas assim que sentiu o hálito levemente alcoólico de Marceline, relevou.

"Eu demorei um pouco pra me arrumar" - respondeu ela, com um pequeno dar de ombros.

"E o resultado justifica cada segundo de atraso!" - disse uma menina da roda, uma líder de torcida. Ela era pequena e magra, o cabelo de um castanho médio não muito inovador, olhos verdes, pele bem branca. Tão, tão padrão, que Marceline mal dedicou dois segundos de seu tempo para analizar garota. "Olhe só pra ela, gente! Nunca vi Bonnie tão linda assim!"

"É, nada mal, Bonnibell" respondeu Marceline, olhando por alto a produção da garota e dando um sorriso leve. Em seguida, perguntou se os recém chegados gostariam de beber algo, e mediante o aceite, foi em busca do álcool. Bonnibell se ofereceu a ajudar, seguindo logo atrás dela.

Por dentro, a garota estava meio decepcionada com a falta de reação de Marceline, mas não sabia dizer bem o por que. Talvez por que isso pudesse significar que ela não estava a altura de competir com a outra dentro do seu próprio espaço, e que apesar dos esforços, aquela era a noite de Marceline. Mas a verdade é que aquela preocupação era muito mais de suas amigas do que sua própria, e ela não sabia dizer por que se importava com a aprovação da outra garota.

A questão é que a reação pouco impressionada de Marceline era forjada. Na verdade, seu queixo havia caído assim que a garota colocou os pés na festa, e ela estava lutando pra manter a mandíbula fechada. Não conseguia negar pra si própria que a garota era sim atraente. E se irritava por achar isso, porque nunca foi de se impressionar com a beleza fabricada de meninas brancas e padronizadas. Uma coisa que havia aprendido com Priscilla, uma garota que havia lutado muito pra aprender a amar seu corpo negro e gordo, é que admirar a beleza que se encaixa no padrão imposto é perigoso. Pode gerar inveja. Inveja gera uma crise de amor próprio. Falta de amor próprio faz você querer mudar para ser igual a elas. Quando você muda para ser igual a elas, você apaga a sua identidade.