Capítulo 27 - Sob o Toque Dela... As Avessas

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E estamos de volta com nossa programação levemente homossexual (e bissexual também, não é mesmo)!

Espero que vocês tenham prestado atenção no nome dos capítulos pq senão minha sacada genial no nome desse aqui terá sido em vão :P

Bem, vamos logo pro capítulo. Boa leitura!

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O sinal da saída bateu. Os alunos começaram a acelerar o passo para poder deixar o prédio escolar naquela sexta feira. Bem, não todos. Marceline quase arrastava os pés em direção ao armário.

O dia seguinte era, finalmente, o dia do festival. Era o dia do tudo ou nada. E Marceline já havia decidido que subiria naquele palco sendo uma garota completamente diferente. Nova em folha.

Mas isso tinha implicações, e eram essas exatas implicações que faziam com que ela sentisse um leve desespero. Se sentia pronta e despreparada ao mesmo tempo.

Quando fechou a porta do armário, encontrou a namorada parada ali, um sorriso de orelha a orelha.

"Amanhã é o grande dia!" - disse ela, naquela voz de animadora de torcida que ela dominava tão bem. Aquela animação inocente dela. Aquele ar jovial, de quem não tem nenhuma grande preocupação no momento.

Se ela soubesse o poder que tinha nas mãos, será que aquele postura mudaria? Será que se sentiria mais imponente, importante?

"Eu não tenho nem roupa pra um evento dessas proporções" - brincou Marceline, caminhando lado a lado com ela. A risada de Bonnie encheu o corredor, lhe entrou pelas orelhas, arrepiou cada pelo que ela tinha. Ela sabia o poder que Bonnibel tinha nas mãos. Se sentia quase esmagada por ele. A mente flutuava entre a certeza de já ter tomado a sua decisão, e o medo de estar completamente errada.

Mas, mais uma vez, Bonnibel mudou tudo sem sequer abrir a boca.

Primeiro foi a postura um pouquinho retraída. Olhando sobre os ombros para os outros alunos no corredor, como se ela própria estivesse calculando os riscos de algo. E então ela abaixou os olhos para o mínimo espaço entre ela e Marceline, onde suas mãos quase se esbarravam o tempo todo. Então ela respirou fundo. Pegou a mão de Marceline, entrelaçou seus dedos nos dela e firmou a pegada. Não iria soltar.

Marceline arregalou os olhos. Olhou em volta, e as pessoas as olhavam com um certo choque. Olhou a para a menina ao seu lado, e nunca tinha visto um olhar tão decidido no rosto dela.

E então, Bonnibel fez o que sabia fazer de melhor: estufou o peito, jogou o rabo de cavalo para trás dos ombros, ajeitou a saia do uniforme até estar impecável. Então, com a cabeça erguida e olhar focado na saída da escola, ela abriu o mar de alunos na sua frente, Marceline do lado ainda um pouco surpresa.

Mais surpresa ainda ela ficou quando percebeu que o caminho a sua frente também se abria da mesma forma, como se houvesse algum tipo de regra silenciosa impedindo que qualquer um ficasse no meio do caminho. Olhou de canto para a namorada, e foi o sorriso dela que fez Marceline ter certeza.

Apertou mais a mão dela, e continuaram de mãos dadas até sair da escola. E até chegarem no carro de Bonnie. E Marceline sabia, com toda a clareza. Era ela.

Era ela e somente ela, desde o início. Não poderia ser nenhuma outra. Ela não tinha mais motivo algum para esperar.

[...]

A sala de estar dos Abadeer era um lugar absurdamente mais aconchegante e familiar para Bonnibel do que sua própria casa. Poderia passar o resto dos dias ali sem problema algum.

Agridoce - Bubbline AUOnde histórias criam vida. Descubra agora