Capítulo 4 - The sweetest drug

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Steve Rogers Narrando

Ah Natalie… A dona dos olhos verdes que cintilavam sedução, do sorriso que transbordava malicia e daquele corpo escultural que conseguiu me enlouquecer. Seus movimentos hipnotizantes, seus toques entorpecentes e seus beijos viciantes... Essa mulher não saía de minha mente. Ela tinha causado em meu corpo sensações que nem mesmo Peggy conseguia causar, tinha conseguido despertar um desejo que até então estava adormecido e tudo isso em apenas uma noite. Sua voz, seu cheiro tinham sido tatuados em minhas lembranças e eram reproduzidos como um filme o tempo todo.

Eu tinha a impressão de que ainda conseguia sentir seu corpo pequenino sobre o meu ou então seu quadril rebolando sobre mim para me excitar. Natalie tinha o tamanho certo para os meus braços e meu corpo, parecia até que tinha sido feita sob medida para mim.

O final de semana inteiro passei pensando em Natalie e na segunda, quando finalmente me concentrei no trabalho, por ironia do destino, ela aparece no hospital me tirando da sanidade de novo.

– Natalie? – Não precisei de muito tempo para reconhecer, ela que tinha sido a protagonista de meus sonhos eróticos durante as ultimas quarenta e oito horas. Eu reconheceria aquele rosto meigo, aqueles olhos escuros e aquelas madeixas compridas e castanhas de longe.

– Steve – Ela sussurrou parecendo tão assustada e surpresa quanto eu. Então ela lembrava meu nome? Não pude deixar de sorrir por dentro com isso. – Então é aqui que você trabalha... – Sorriu levemente.

– Pois é, acho que você me descobriu. – Sorri de volta. Meus olhos se prenderam em sua boca que agora seus dentes mordiam o canto do lábio inferior sensualmente. Será que ela fazia ideia do quanto estimulante aquele simples morder de lábios era?

– Meu Deus, Natasha, finalmente te achei, te procurei por toda a parte... –Uma voz feminina soou atrás de mim e eu vi a postura de “Natalie” enrijecer e seus olhos fuzilar a dona da voz que nos atrapalhou.

– Wanda! – Forçou um sorriso. – E então? Como foi? – Então minha Natalie, na verdade, se chamava Natasha? Mas porque diabos ela mentiu seu nome para mim?

– Desculpe amiga, não queria interromper... – Me virei de costas e encontrei Wanda, uma moça linda, loira e igualmente jovem que encolhia os ombros como se me pedisse desculpas. – Bom, a doutora quer fazer uns exames de sangue então eu vou seguir para o laboratório que tem aqui. – Explicou. – Se quiser ir embora eu vou entender, vai demorar bastante e você deve estar cansada.

– Não, negativo, eu te espero, vai lá W .

– Obrigada! – Sorriu. – Vou estar lá dentro, ok?

– Claro, claro! – Natasha acompanhava com o olhar a amiga que andava pelo corredor em direção a porta que levava aos laboratório e mais uns consultórios, ela parecia evitar minha presença mas assim que a loira sumiu seu olhar voltou ao meu.

– Então... – Suspirou.

– Estava pensando, quer ir tomar um café comigo? – Sugeri. Meu Deus, o que eu tinha acabado de fazer?

– Não quero ocupar seu tempo, Doutor... – Olhou meu jaleco procurando meu nome. – Rogers. – Sorriu vitoriosa. Não gostava que as pessoas me chamassem de Doutor sem que fosse meu paciente, isso me passava uma superioridade que eu não possuía mas o jeito que ela me chamava não era como os outros e sim para me provocar. Sempre gostei de meu sobrenome e ouvi-lo na voz sensual de Natasha me fazia gostar ainda mais dele.

– Eu acabei de atender o ultimo paciente, tenho tempo de sobra. – Olhei a prancheta que estava em sua mão, folheando os papeis que ali se encontravam. – E eu adoraria te conhecer melhor. – Sorri para ela. – Podemos ir à lanchonete aqui do hospital, eles tem o melhor pão de queijo que eu já comi. – Eu tinha uma hora até meu próximo paciente e não queria desperdiça-la.

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