O quarto estava claro, a luz do sol invadia o cômodo e o barulho de algo caindo no chão me fez despertar completamente. Virei-me lentamente na cama em direção aonde vinha o barulho e encontrei Steve vestindo uma cueca com os cabelos molhados e o peitoral úmido.
– Bom dia... – disse baixinho com a voz sonolenta e enrolando meu corpo nu no lençol.
– Desculpe se te acordei...
– Sem problemas, já estava acordada mesmo...
– Dormiu bem? – Steve terminou de colocar a cueca e veio até mim, se colocando deitado sobre meu corpo.
– Perfeitamente bem! – sorri abertamente levando minha mão até seus ombros – E você?
– Seria impossível não dormir bem depois de ontem à noite... Acho que posso me gabar por ter te deixado daquela forma, tive uma visão extremamente privilegiada noite passada que certamente deixaria vários homens com inveja...
– Steve... – disse sutilmente – Eu tenho que te dizer algo que eu já lhe disse mas pelo jeito você não entendeu... – me incomodava terrivelmente quando Steve tocava nesse assunto, não gostada de saber que ele me imaginava com outro cara na cama principalmente quando eu já havia pedido para ele não pensar no assunto. Steve assentiu e esperou que eu falasse – Quando eu digo que você é o único que me faz sentir desse jeito, é porque você realmente é o único, nenhum outro homem seque me excita como você faz. Steve, eu podia transar com vários caras por noite, mas eles não me causavam nada, eu não gostava, eu não... eu não... Eu não sentia prazer, Steve.
– Como assim, Natasha? – Steve perguntou surpreso.
– Eu simplesmente não sentia prazer, Steve, é possível contar nos dedos de uma mão com quantos homens eu realmente senti prazer em todos esses anos...
Steve me olhava um tanto sério e eu apenas avaliava em silencia sua feição surpresa, esperando que ele me dissesse alguma coisa.
– Eu não sei o que falar, nunca imaginei que isso fosse possível, até porque seu corpo reage aos estímulos que recebe e querendo ou não você era bem estimulada nos programas...
– Mas eu não sentia, não causava nada em mim a não ser nojo...
– Você disse sobre os caras que você sentia prazer... Matt está entre eles? – Steve perguntou desconfiado e eu suspirei fundo assentindo – Acho que vou começar a me preocupar mais com esse Matt... – ele afirmou sério.
– Steve, eu disse que nós somos apenas amigos, disse que você podia confiar em mim... E podia muito bem ter te dito que não, que eu não sentia nada com ele, mas isso seria injusto com você, principalmente quando nós combinamos confiar no outro... E eu confio em você, Steve, eu sei que você não esconderia nada de mim, não é?
– Claro que sim... – Steve assentiu suspirando após passar alguns segundos em silencio e ainda com a seriedade no rosto.
– Viu?! Não pense mais nisso, esqueça que eu se contei sobre esses homens e fique com a imagem de nós ontem na cabeça, ok?
– Ok, se você diz que eu não preciso me preocupar então eu vou acreditar...
– Obrigada...
– Vou fazer algo para comermos, ok? Vocês devem estar com fome... – eu assenti sorrindo ao ouvi-lo colocar o “vocês” no plural como se falasse de mim e o bebê.
– Eu vou tomar banho enquanto você prepara nosso café, pode ser?
– Claro! – ele sorriu e me beijou rapidamente. Steve se levantou e eu fiz o mesmo, cambaleando um pouco como de costume pelo leve enjoo matinal – Tudo bem, Nat?
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Soho Dolls - Romanogers
FanfictionNatasha Romanoff era uma prostituta de vinte e três anos. Steve Rogers um médico bem sucedido de trinta e três. Ela perdera os pais aos dezesseis e ele a esposa aos vinte e nove. Ela não tinha ninguém e a única pessoa que ele possuía era sua filha...