IV. A noite está boa para um mergulho?

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– Como eu estou? – minha amiga pergunta rodando algumas vezes na minha frente.

– Vai arrasar corações mais tarde Carol.

– Você também está linda com esse vestido. Esse vestido fica muito melhor em você do que em mim...

– Impressão sua Carol. Você já sabe pra onde nós vamos?

– Sei de uma boate aqui perto que está bem falada esses dias.

– Então, estamos esperando o que?

– Nada.

Carol pega a minha mão e descemos pelo elevador. Pegamos facilmente um táxi em frente ao prédio e Carol dá o endereço do bar para o taxista e quinze minutos depois estávamos na frente do bar, esperando que uma fila enorme de pessoas entre.

– Odeio filas – Carol fala um pouco alto, pois o barulho do lado de fora do bar estava alto. – Vou ver se eu encontro alguma pessoa que eu conheço mais na frente. Volto já – Carol pisca o olho pra mim e sai da fila.

Eu fico lá parada e sozinha. Vejo muitos homens bonitos passando por mim. E eu arrisco até sorrir para alguns. Eles sorriem de volta. Mas a merda do sorriso do vizinho da Carol não me sai da cabeça. Nenhum deles sorria de maneira tão bonita quanto o Samuel. Merda!

– O que a senhorita está fazendo aqui sozinha? – uma voz familiar fala atrás de mim. E quando eu me viro dou de cara com o dentista mais lindo.

– Cauê! – me viro e dou um abraço e um beijo nele. – O que você está fazendo aqui meu lindo? Você não tinha um encontro hoje?

– Falou bem Lice, TINHA. A menina me deu um bolo... – ele fala coçando a cabeça.

A menina só podia comer cocô. Como é que ela dispensa o meu amigo? Ele está lindo com uma camisa pólo e uma calça jeans. Seus tênis da moda e o cabelo perfeitamente arrumado.

– Pois ela não sabe o que está perdendo, ainda bem, que assim eu e a Carol que ganhamos – abro um sorriso para ele e seguro sua mão.

Carol vem de cabeça baixa poucos minutos depois, é pelo visto ela não tinha conseguido arrumar nada, vamos ter que esperar na fila mesmo... Quando ela vê o Cauê o abraça por trás.

– Cauê, largou a mocréia e veio amar as suas amigas de verdade? – Carol fala colocando a cabeça no ombro dele.

– Ela deu um bolo nele Carol, disfarça – falo brincando, fingindo que estou falando o maior segredo do Estado. Rimos um pouco, e a fila finalmente começa a andar.

– Ela que perdeu.

– Perdeu mesmo, vem meninas, que eu tenho entrada VIP aqui, obturei o dente do filho do dono daqui, e ele me liberou a entrada – Cauê fala segurando as nossas mãos e nos guiando para o começo da fila.

– Tenho que conhecer mais pessoas assim – brinco com ele. – Eu só conheço casais velhos e amargurados, tenho que atualizar a minha clientela.

– Depois te passo o número – Cauê vira para mim e dá uma piscadela.

Ele dá nossos nomes na entrada VIP e em questão de minutos estamos no meio do bar. Eu não sabia, mas o bar ocupava a área de um quarteirão inteiro. Estava lotado de gente, mas não estava tumultuado. As pessoas estavam bem separadas lá dentro, e não tinha ninguém por cima de ninguém. Eu achei o ambiente bem arejado e tinha uma pista de dança enorme, e quase vazia. Também pudera, ainda era cedo.

Escolhemos uma mesa um pouco afastada de tudo, num cantinho do bar, onde não tinha muito movimento e nem tinha muito barulho.

Cauê começou a pedir nossas bebidas. Não sou de beber muito, mas se bem que esses dias eu estava precisando de uma folga. Eu poderia aproveitar que a Manu está na casa da mamãe e me soltar um pouco mais. Mas não muito, afinal ainda quero estar inteira amanhã para organizar e comprar muitas coisas para o aniversário dela e domingo ir para praia.

Amor na Segunda VoltaOnde histórias criam vida. Descubra agora