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Lembram do sítio ao qual é citado em alguns dos capítulos? Pois bem, essa história também se passa nele.
Antigamente era comum eu e meus amigos irmos em grupo dormir para o sítio dos meus tios. Um lugar distante da cidade ao qual usávamos como forma de nos aproximarmos da natureza e sair um pouco da rotina.
Organizamos nossas coisas: comida, redes, roupas, bicicletas, nos reunimos em torno de dez pessoas e, seguimos viagem rumo à estrada que dava acesso ao sítio.
O lugar estava ficando famoso quanto ao número de aparições e acontecimentos inexplicáveis. E nós éramos adolescentes, adorávamos o lugar pois era tranquilo, a gente se divertia no rio, no campo, além disso todos esses acontecimentos fomentavam nossa curiosidade.
Chegamos de noite ao caminho que ainda tínhamos que enfrentar para chegar ao recinto. Nessa época, meus tios já tinham voltado a morar lá na região, mas sua nova casa ficava em uma área próxima à beira da estrada.
Chegamos por volta de seis da tarde, o sol já estava desaparecendo no horizonte e a noite irrompia a aurora do dia. Tivemos que seguir pelo caminho da mata somente com uma brasa feita com uma vara retirada do mato e, um pano ensopado por gasolina ao qual acesso reproduzia uma chama que iluminava o caminho.
A escuridão já tomava boa parte da mata e seguimos em fila indiana, o mais corajoso ia na frente, que nesse caso não era eu. Chegamos a casa e vocês já devem imaginar o cenário!
A casa estava cada vez mais velha, abandonada e refletia uma imagem assombrosa. Ali o silêncio reinava e os únicos sons audíveis eram os cantos dos sapos e mariposas.
Chegamos, tomamos banho e, fizemos um pequeno jantar. Como a noite a gente não tem muita opção, atamos nossas redes na parte inferior da casa, todos dormimos na sala da frente. O espaço era grande e arejado, não haviam paredes somente uma meia parede feita com pequenas ripas e flexal. Assim tínhamos total acesso a visão da mata, do rio, do campo e de todo o resto.
Brincamos, conversamos, jogamos baralho e, depois cada um foi para sua rede. Umas dez ou onze horas da noite mais ou menos, a única lamparina que tínhamos acesa apagou-se.
Um dos meus amigos incomodado pois não conseguia dormir no escuro, convidou alguns dos demais para ir com ele acender a lamparina na única brasa que restara e, ficava na cozinha ao qual dava de frente ao campo.
Como já devem ter percebido coragem não era uma de suas virtudes. Para ele não ir sozinho não só um ou dois aceitou ir com ele, mas uns cinco no total. Um deles tomou a frente e os demais foram atrás dele.
Fazia uma noite clara, não era lua cheia, mas a gente conseguia enxergar boa parte das coisas. Um dos meus amigos era muito alto, e o que ia na frente viu alguém com essas características passar à sua frente, levou a mão para pegar em seu ombro e, sua mão passou direto. Ele assustado, perguntou ao amigo alto se era ele que havia passado na sua frente rumo a cozinha. Ao que meu amigo lhe respondeu do final da fila que não, pois ele era o último e estava lá atrás.
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Esse episódio aconteceu no corredor da casa; no lado bem estreito ao qual ficava a escada e, no outro um quarto, embaixo da escada ficava aquele armário citado em outro capítulo.
No instante em que ele ouviu o meu outro amigo dizer que não era ele, o mesmo correu de volta, dizendo que tinha visto uma sombra alta passar à sua frente no corredor, o que fez com que os demais também corressem acabando se atropelando e rolando um por cima do outro.
Seria cômico se não fosse assustador. Os meninos voltaram para suas redes gritando e contando exasperadamente o que havia acontecido para nós. Um deles se pôs a chorar e, só conseguiu dormir com outros dois ao seu lado.
Ficamos muito assustados, pois já havíamos ido outras vezes para lá, mas nunca havia acontecido algo parecido; apesar de que, já tínhamos ouvido inúmeras histórias e relatos de outras pessoas que frequentavam o local.
(Liza, moradora do bairro aeroporto)
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Assustador não é, são fatos verídicos, eu estive lá.
Ali eu vou, mas é aí, arrepiou?
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Histórias De Visagens (Em Andamento)
HorrorCada pessoa carrega consigo uma carga de experiências vividas em algumas situações não muito comuns. Há quem diga que fantasmas, espíritos e demônios não existam. Será mesmo? Você nunca sentiu um calafrio em lugares bizarros, assombrosos ou até mesm...