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HEY!
Antes do capítulo, quero dar algumas especificações. Como vocês devem ter percebido, essa história não é uma história de drama, nossos personagens não fazem tempestade em copo d'água, então estejam prontos para  lidar com atitudes racionais de adultos racionais.

Vamos ao capítulo

SASUKE

Ainda não acredito no que está acontecendo. Lembro como se tivesse sido hoje que recebi a notícia...

"-Sasuke, estou grávida.

As palavras pareciam ter perdido o significado naquele momento. Sakura grávida? Como isso poderia ser possível? De todas as coisas que eu esperava ver no resultado do exame, essa com certeza era a última.

-C-como? - Consegui perguntar, furando o bloqueio em minha garganta.

-E-eu não sei... Venha, vamos conversar em outro lugar. - Sakura segurou minhas mãos me guiando para o estacionamento onde meu carro estava. Meu estado naquele momento poderia ser descrito como catatônico.

Não falamos nada enquanto nos acomodamos nos bancos, e quando levei minhas mãos ao volante, notei que tremiam levemente.

-Você quer que eu dirija? - Sakura perguntou, e percebi que seus olhos estavam voltados também para minhas mãos.

-Sakura, você está grávida... - Falei mais para mim mesmo, mas Sakura ouviu. Notei que ela mordeu o lábio inferior. - Eu pensei que... pensei...

-Eu sei. - Sakura suspirou. - Quer mesmo falar sobre isso, aqui no carro?

-Como é possível? -Voltei-me para ela, incapaz de me conter.

-Eu conversei com o médico, e fiz a mesma pergunta. Ele me falou que muitas coisas podem ter acontecido. E é possível que o médico que fez meu parto, não tenha feito nada quanto ao meu pedido de não engravidar mais. Eu só tinha 18 anos, e muitos médicos consideram aquela, uma decisão precipitada devido minha idade.

-Ou pode ser um milagre. - balbuciei. Pode?

-Milagre? - Sakura arqueia uma sombrancelha.

-Sakura, um bebê! Kami, um bebê nosso! - Aos poucos a perplexidade deu lugar a alegria, e não consegui segurar o sorriso. - Um bebê. - Sussurrei pra mim mesmo, incapaz de assimilar tal informação.

-Um bebê. - Sakura repetiu.

Liguei o carro e dirigi até nossa casa. Durante o percurso a palavra "bebê" dava voltas em minha cabeça. Eu vou ser pai. Vou cuidar de um bebê. Uma criança minha e de Sakura. Olhei de esguelha para ela e notei que  sustentava uma expressão igual a minha. Imagino que a reação esperada deveria ser outra, mas, caramba! Imagine a minha surpresa ao descobrir que minha esposa que não podia mais ter filhos, está grávida. A ficha ainda estava caindo.

Descemos do carro e nos olhamos. Desci meus olhos até a barriga dela e caminhei devagar até o local onde ela estava plantada me olhando com os olhos verdes arregalados.  Tomei-a em meus braços e senti seu aperto em volta do meu pescoço. Naquele momento, em silêncio, ouvi os baixos soluços do choro de Sakura e sorri comigo mesmo, incapaz de também segurar as lágrimas que insistiam em cair por nosso pequeno milagre.

-Eu te amo tanto... - Sussurrei."

Agora, observo-a deitada ao meu lado. Faz 15 minutos que Sakura dormiu, e adquiri o costume de observar o ponto onde nossa semente está florescendo.

Sarada não poderia ter ficado mais feliz com a noticia. E tivemos de ser muito insistentes para ela não ligar de imediato para a vovó Mizuki, e contar a novidade. Sakura e eu decidimos fazer isso pessoalmente quando formos visita-los no natal, que é daqui a um mês.

Acordo, e desperto ao passar a mão no local ao meu lado, onde Sakura deveria estar e senti-lo vazio. Levanto da cama e caminho direto até a cozinha, onde vejo-a encostada no balcão bebericando algo numa xícara.

-Bom dia! - Cumprimenta ao notar minha presença.

-Bom dia! - respondo. - Sarada ja está de pé?

-Hum... resolvi dar 10 minutos a mais de sono para ela.

Aproximo-me de Sakura e passo meus braços ao seu redor, descansando minhas mãos em seu ventre.

-Bom dia - sussurro.

-Mas você já me desejou bom dia. - Ela diz risonha.

-Sim, mas dessa vez estou desejando "bom dia" ao nosso filho. - Deposito um beijo em seu pescoço.

Sakura ri.

-Bom dia. - Viro-me ao ouvir a voz de Sarada, que está parada na entrada da cozinha, coçando os olhos sonolenta.

Desprendo-me de Sakura, caminho até ela pegando-a no colo, e depositando um beijo em sua bochecha.

-Bom dia, pequena. Dormiu bem? - Pergunto.

Sarada faz que sim com a cabeça e em seguida boceja.

-Tenho prova de história hoje. - Ela me abraça e apoia a cabeça entre meu ombro e meu pescoço.

-E você estudou?

-Mama me ajudou a estudar ontem quando chegou.

-Então você vai se sair bem. - Digo, pondo-a no chão para que ela vá até Sakura que prepara o seu café da manhã. - Sakura, vai para a empresa comigo hoje?

-Claro que sim. Porquê não? - Ela me encara, confusa.

-Eu já disse que você não precisa trabalhar tanto, e ainda por cima grá...

-E eu já disse que só estou com 1 mês de gravidez e posso trabalhar muito bem pelo menos até os sete. - Sakura me interrompe.

Reviro os olhos. Discutir isso é inútil. E Sakura já percebeu que no estado em que se encontra ela pode conseguir tudo o que quiser de mim.

Sorrio. Sorrio observando Sakura preparar a torrada, enquanto Sarada espera  sentada à mesa com o rosto apoiado nas mãos.

Essa é nossa rotina a 5 meses. E não acho que chegará o dia em que vou enjoar dela. Eu durmo abraçado a Sakura e acordo com o seu "bom dia". Sarada aos poucos se acostuma a me chamar de "papa", e temos um bebê a caminho. Quando cheguei a imaginar que minha vida seria tão perfeita assim?

Um capítulo bem água com açúcar pra vocês. Que tipo de reação esperavam do Sasuke? Combinamos que ele não faz o tipo que desmaia, ne... Enfim, o capítulo é curtinho mesmo porquê é só pra marcar o recomeço.

Bjs. Mira

Minha Verdadeira Familia- Sasusaku (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora