A primeira coisa que fiz ao acordar, foi pedir algo para Sakura comer. Depois que completou 2 meses, Sakura passou a dormir mais, tanto no horário comum, quanto tirando pequenos cochilos no meio do dia.
Enquanto analisava a planilha que Suigetsu me enviou mais cedo, notei que Sakura remexia-se entre as cobertas ao meu lado.
-Já está acordado. - Ela murmurou com voz rouca de sono, soltando um bocejo e coçando os olhos com o punho.
-Hn.
Observei-a levantar-se da cama, e se espreguiçar.
-Hum... pediu café da manhã pra mim. - Ela pegou o copo de suco de laranja na bandeja, e virou-se para mim. - Obrigada! - sorriu.
Naquele momento, ignorei meu notebook e voltei minha concentração para ela, enquanto se movia pelo quarto. Notei quando -inconscientemente, talvez- sua mão foi até a barriga, e ali descansou. Completamente alheia a mim, Sakura seguiu até o banheiro.
-Marquei de encontramos o Kuan de 15 horas da tarde. Está bom pra você? - Perguntei, enquanto ouvia a água cair no chuveiro.
-Está ótimo. - Sakura gritou do banheiro.
Hoje é de longe um dos dias mais importantes de nossas vidas, e por esse motivo, me encontro completamente apreensivo. E se o Kuan se recusar a ajudar? Ah! Mas se ele fizer qualquer coisa que...
-Uma moeda por seus pensamentos. - Ouço a voz divertida de Sakura, e viro-me para vê-la enxugando o cabelo na toalha. Completamente nua.
Passei a adorar o corpo de Sakura. Cultuá-lo em cada detalhe, a cada mudança e cada curva existente, inclusive aquelas que estão aumentando. É impossível para mim, definir como cheguei a esse estado, não sou mais o homem que era. Talvez seja o amor por Sakura, meu compromisso com o casamento, ou quem sabe a iminência da paternidade.
O dia passou lentamente. Provavelmente por causa da ansiedade que nos assolava, mas ao dar 14:30h, saímos do hotel em direção a cafeteria marcada. O silêncio no táxi era palpável, Sakura e eu estávamos imersos em nossos próprio temores.
Ao adentrarmos o local, varri o ambiente com os olhos, e lá no fundo, sentado à mesa do canto, estava Kuan. Mais velho, mas ainda assim, reconhecível, ostentando a densa cabeleira negra que Sarada herdou. Trinquei os dentes.
Acompanhei Sakura até a mesa, com uma mão protetora em suas costas. Notei os olhos de Kuan descerem para a barriga que Sakura fazia questão de ostentar nos vestidos de grávida.
Puxei a cadeira para que ela sentasse, e sentei-me ao seu lado. Kuan deu um sorriso hesitante, que Sakura retribuiu. Um silêncio constrangedor instalou-se, até que Sakura puxou o ar e falou.
-Oi.
-Oi. - Kuan respondeu. - Eu devo dizer que estou muito surpreso e confuso com esse encontro.
-Acredite, eu não viria aqui se não fosse importante. - Ela olhou para mim, em seguida para ele, e prosseguiu -Lembra de quando foi pra Nova York, no outono há 10 anos?
Kuan olhou pra mim, em seguida para Sakura.
-Fizeram-me lembrar recentemente. O que tem?
-Kuan, quando ficamos juntos, eu engravidei. E tive uma menina, o nome dela é Sarada, é sua filha.
Remexo-me na cadeira, de repente sentindo-me bastante desconfortável. Não. Sarada é Minha filha.
Kuan soltou uma risada.
- Não é, não. - Franziu o cenho.
Revirei os olhos. Ótimo, vamos seguir por esse caminho. Continuei calado, pois decidi com Sakura que não interferiria na conversa.
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Minha Verdadeira Familia- Sasusaku (EM REVISÃO)
FanfictionIsso aqui vai ser mais como uma shot-fic, contando alguns eventos ocorridos depois de "Minha Familia de Mentirinha". Considerem como um epílogo gigante dividido em capítulos. A pedidos de vocês, pensada e postada com carinho, espero que gostem. ***P...