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Acordei com a respiração de Sakura em meu pescoço, expelindo qualquer vontade que eu tivesse de levantar-me. Ainda assim, ergui meu tronco, sentando-me sonolento.

-Bom dia. - Sakura se espreguiçou ao meu lado, logo que me ergui.

-Hn... não queria te acordar. Dormiu bem? - Acaricio algumas mechas rebeldes de seu cabelo.

-Dormi sim. Mas eu já estava acordada antes de você levantar. Só fiquei sentindo seu cheiro... como você pode cheirar tão bem?

Soltei uma risada fraca.

-É parte do meu charme. - Digo, levantando-me da cama.

Segui para o banheiro, e pus-me a pensar em como a revelação de Kuan nos afetaria. Qual a probabilidade de conseguirmos um doador para Sarada? E quem pode ser o pai dela? Nada do que está acontecendo tem alguma lógica. Como Sakura engravidou de alguém que não sabe quem é? E nem se lembra de tal ato. Tsc.

Saí do banheiro ainda um pouco pensativo.

-O que faremos agora? - Sakura pergunta, logo que me vê.

-Eu não sei. Teremos que voltar para Nova Iorque, imagino.

-Eu estava pensando e, Sasuke, como eu pude engravidar e nem me lembrar de quem? E nem mesmo você, ter idéia de quem  pode ser essa pessoa? Eu não estava saindo com ninguém.

Nesse momento, meu celular toca. Olho a mensagem, e imediatamente fico tenso.

"Acho que posso ajudar vocês. Se puderem me encontrar no mesmo lugar de ontem, às 16:00 h"

-É o Kuan, ele disse que pode nos ajudar, e que temos que encontra-lo no mesmo local que marcamos ontem. - Digo. - O que acha?

-Bom, é alguma coisa. - Sakura responde. - Temos de nos agarrar a toda e qualquer possibilidade.

-Tem razão. Acha que ele mentiu e se arrependeu, e agora quer ajudar? - Pergunto, apreensivo.

-Eu torço para que seja isso. Ou então, iremos para a estaca zero. - Sakura bufa.

Após as horas de espera agonizante, onde Sakura sequer queria comer, enfim chegou a hora de nosso encontro.

Entramos da Cafetaria apreensivos, e quando procurei por Kuan, na mesma mesa onde ele nos esperava ontem, vi outra pessoa. Ele estava mais gordo, e consideravelmente mais grisalho, mas reconheci imediatamente. Era Yan, meu antigo colega de apartamento e primo de Kuan.

Aproximamo-nos da mesa, e percebi uma Sakura tão confusa quanto eu. Estávamos esperando encontrar Kuan, não Yan.

-Então estão mesmo juntos? - Yan abriu um sorriso - Ah! Cara, eu sabia que isso iria acontecer, já estava na cara desde a faculdade. - Ele levanta-se para me cumprimentar com um aperto de mão. Pelo visto ele ainda lembra que evito contato corporal desnecessário. - E, caramba! Você está enorme, Sakura! De quantos meses é essa barriga?

Sakura abre um sorriso.

-Cinco meses. Quase seis! - Ela responde.

-Uau! Menino ou menina? - Ele arregala os olhos.

-Não sabemos ainda. - Sakura cora.

-Yan? O que faz aqui? - Pergunto, confuso com a presença dele.

-Bem, o Kuan me contou do encontro que ele teve com vocês, ontem, e sobre o fato de estarem procurando o pai da filha de Sakura. Eu fiquei um pouco surpreso, devo confessar. - Yan falou, enquanto sentavamos-nos.

- Porquê? - Sakura perguntou.

-Eu achava que tipo, o filho era do Sasuke. Na realidade todo mundo achou que o filho era seu. - Ele apontou pra mim - Tipo, todo mundo mesmo.

Minha Verdadeira Familia- Sasusaku (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora