A recuperação de Sarada foi mais lenta do que imaginávamos que seria. O braço ainda estava engessado, e ela ainda tinha dificuldade pra andar, então, eu ficava levantando de madrugada para ver se ela precisava de algo, já que isso seria muito trabalhoso para Sakura. Minha Familia passou 1 semana aqui, após a cirurgia. Mas quando precisaram voltar para Konoha, contratei duas pessoas pra ajudarem tanto a Sakura, quanto a Sarada.

Passou-se um mês, que Sarada recebeu alta do hospital. E embora com sete meses de gravidez, Sakura não havia apresentando mais complicações na gestação, o que é um alívio.

Desço para tomar café, e ao passar pela sala, vejo que Sakura está no telefone. Já na cozinha, começo a preparar meu café.

-Minha mãe ligou hoje de novo. - Sakura aparece no batente da porta. Não deixo de notar a barriga dela toda vez que olho-a. Nosso filho está alí dentro.

-O que ela queria? - Termino de encher minha xícara com o meu típico café amargo.

-Saber se estamos bem, e como Sarada está se recuperando. - Ela aproxima-se e enche uma xícara para ela.

-Ela ainda não conseguiu a licença? - A mãe de Sakura é enfermeira. Não é tão fácil para ela, viajar para outro país assim do nada, como minha própria família fez. Pois ela não é o próprio chefe.

-Ainda não. Mas falou acha que consegue duas semanas quando o bebê estiver pra nascer. - dá de ombros, pondo 3 colheres cheias de açúcar no café, para tentar diminuir o amargor.

-Isso é bom. - beberico meu café. - É importante ela estar presente... escuta, tem mesmo certeza de que quer ir pra Konoha, mês que vem?

-Porquê não?

-Você sabe, são muitas variáveis.

- Hum... Eu acho que vai ficar tudo bem. Eu sei que o médico falou que minha gravidez é de risco, mas nós estamos tomando muito cuidado, desde então. Não quero dizer que devo relaxar quanto a isso, mas, Sasuke, nunca mais senti nada de errado, e nas minhas consultas, está indo tudo bem com o bebê. Acredito que vou conseguir ter um parto seguro.

-Hn. De qualquer forma, devemos pensar mais, quanto a essa viagem. - estalo um beijo na testa dela - Quanto mais tempo passa, mais arriscado pode ser.

Passo por Sakura, e subo as escadas em rumo ao quarto de Sarada. Bato na porta, e abro-a devagar. Sarada está deitada na cama, assistindo algo no notebook. Quando me vê, ela dá um sorriso.

-Oi papa! - Ainda emociono-me ao ouvir Sarada me chamar assim.

Não foi fácil contar e explicar pra ela, que eu era o seu pai verdadeiro, ou como aconteceu e descobrimos só agora. Mas Sarada aceitou tão facilmente, que só consigo imaginar o quão bom foi tirar esse peso das costas. Não precisar pensar em suas origens, ou se no futuro teria que procurar seu progenitor. Sanar tantas dúvidas sobre si mesma... sei que Sarada tem apenas onze anos, mas ela é tão esperta e inteligente.

-Oi pequena... como está se sentindo hoje? Pronta pra dar umas tacadas de basebol?

-Papa! Não seja bobo... - Ela ri, levantando o braço engessado. - E eu estou bem.

-Hum... que ótimo, então. - Dou-lhe um selinho na testa - Bom, tenho que ir trabalhar agora. Só passei pra te dar um beijo.

Afago seu cabelo, e dou meia-volta para sair.

-Papa? - Viro-me.

-Oi?

-E-eu... - Sarada cora e baixa os olhos - eu só queria dizer que... eu te amo.

Minha Verdadeira Familia- Sasusaku (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora