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Acordamos relativamente cedo, e pegamos o primeiro vôo de volta a Nova Iorque. Ao desembarcar na cidade, percebi que Sakura parecia um pouco cansada. Imagino que a quantidade e as origens das informações que obtivemos esses dias, somadas ao fato de ela não ter descansado o tanto que deveria devido as suas condições, devem ser o motivo. Quero perguntá-la se está bem, ou se precisa de algo, mas, contenho-me. Lembro-me de que Sakura geralmente se irrita quando cerco-a demais. Embora ela não expresse sua irritação por meio das palavras, eu sei que se irrita, conheço-a bem demais pra o seu próprio bem. No entanto, os suspiros constantes que ela solta enquanto esperamos nossa pouca bagagem, me inquietam demais.

-Está muito cansada? - Pergunto, cedendo ao impulso.

Desde a revelação das condições de sua gravidez, tenho tido pouco filtro em demonstrar minha preocupação. Eu tenho direito de sentí-lo, não? Afinal, sou o pai da criança em seu ventre, é minha obrigação preocupar-me.

-Só com um pouco de fadiga. - Ela responde, inexpressiva.

-Não era para você estar aqui. Tsc. Não era nem para ter ido comigo nessa viagem. - Resmungo. Um pouco alto demais, pois Sakura volta-se para mim, com a sombrancelha arqueada.

-Sasuke... Não começa. - Ela suspira.

-Não vou começar. Mas você sabe que estou certo. Foi irresponsável de sua parte, vir nessa viagem, e foi idiotice minha, permitir. - Pego a mala que enfim chega até nós.

-Você permitiu porquê sabe que não adiantaria nada me proibir. Estou bem pra viajar, não é como se fosse fazer algo arriscado e perigoso. - Ela revira os olhos.

-Tsc. Você é impossível.

-Por favor querido, podemos deixar pra discutir quando estivermos relativamente sossegados? Pelas minhas contas isso só vai acontecer daqui a mais ou menos 3 meses e meio. Até lá, arquive todos os tópicos de discussão que tivermos de ter. Obrigada! - Sakura dá seu ultimato.

Reviro os olhos, meneando com a cabeça.

Pegamos um táxi e seguimos para nossa casa. Ao abrir a porta, imagino se minha mãe ou Yzumi estão em casa.

-Alguém? - Sakura apressa-se para entrar, enquanto me enrolo com as malas.

-Oh! Chegaram! - Minha mãe aparece pelo corredor que liga a sala à cozinha. - E então? Onde está o... - Ela olha atrás de nós, provavelmente procurado por Kuan.

Nós não contamos o que aconteceu na viagem. Durante as ligações apenas especificamos que estávamos bem.

-Oh! Dona Mikoto, Kuan não veio. - Sakura responde, passando seu braço pelo de minha mãe, e caminhando com ela até o sofá.

-O quê? Como assim ele não veio? Ele se recusou a doar o sangue? - Minha mãe fica visivelmente alterada.

-Preciso contar-lhe algumas coisas que descobrimos. - Sakura suspira.

Resolvo subir com a bagagem enquanto Sakura explana para minha mãe, o ocorrido da viagem. Imagino a reação dela ao descobrir a probabilidade de ser avó biológica de Sarada. Imagino se poderemos contar a vovó Mizuki, isso seria capaz de causar um infarto?

Afasto o pensamento. Vovó Mizuki é uma mulher forte no auge dos seus 70 anos. E se descobrir minha mentira ano passado não causou um infarto, descobrir  que tem mais um bisneto também não causará.

Após afastar as malas num canto, estico-me na cama. Caramba! Estou mesmo com dor nas costas? só tenho 31 anos, inferno!

-Sua mãe preparou algo para comermos. - Sakura entra no quarto, e viro-me para fitá-la.

Minha Verdadeira Familia- Sasusaku (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora