Bianca Andrade é uma das empresárias mais conhecidas mundialmente por suas marcas de maquiagem e cabelo.
Sua vida vira de ponta cabeça quando um amigo, funcionário de sua empresa, arma contra ela para tentar roubar seu cargo e também tirar sua vida.
- Bia... - uma voz abafada começou a chamar a carioca - ei, acorda
A empresária não conseguia abrir seus olhos, apenas ouvia a voz, aparentemente era um homem, mas não conseguia distinguir quem era pois o som estava bem abafado.
- Que foi? - bianca diz confusa finalmente conseguindo abrir seus olhos. Ela estava em lugar reto e claro, não tinha mais nada lá, apenas um borrão distante que começou a se aproximar devagar até que desse para ela ver direito seu rosto. Era Guilherme.
- Bia, meu deus, eu sinto tanto a sua falta - O homem vai até ela para tentar abraça-la, mas ela desvia dando um tapa em seu rosto e olhando fixamente para o mesmo.
- Quem você pensa que é pra falar assim como se nada tivesse acontecido? - ela diz nervosa enquanto vê Guilherme esfregar a parte onde foi agredido - você quase me matou, você é um assassino de merda! - elevou sua voz e apontou seu indicador ao homem.
- Bianca, eu não tentei te matar, deixa eu te explicar, não foi minha culpa, eu estava...
- Estava o que? - bia o cortou com um tom debochado - achando que me jogar em um freezer e me manter presa sem ter como sair seria uma ótima demonstração de amor?
- Não bia, eu sempre tive muito orgulho do seu trabalho, eu só queria poder ser igual você.
- Ser igual a mim, você fala como se fosse a coisa mais fácil do mundo - começa com seus olhos marejados e o sorriso debochado - como se eu não tivesse problemas na minha vida, como se eu tivesse dito "nossa, que vontade de virar empresária" e me caísse uma empresa do céu. Isso custou muito de mim, muito tempo, dias em choro, crises, problemas psicológicos e muito mais, Guilherme - diz alto, já estava nervosa com tudo aquilo
- Eu sei bia, mas me deixe te ajudar...
- Me ajudar igual a porra da última vez que você quase me matou seu arrombado! - diz já sem paciência - eu só queria que você sentisse o caralho que eu senti naquele dia, você não sabe nem um porcento do que eu senti. Me esquece e vai se fuder.
Assim que disse isso, Bianca levanta da cama em um salto quase caindo no chão. Ela estava assustada, não por ter sonhado com Guilherme, e sim por ver seu quarto inteiro coberto por gelo. Quando se bateu de frente ao grande espelho que tem em seu quarto, ficou ainda mais assustada ao se ver com cabelos brancos e seus olhos acinzentados.
- Que porra aconteceu aqui? - Bianca diz incrédula olhando para suas mãos, as mesmas estavam parecendo cubos de gelo, e logo voltando ao tom de sua pele normal, junto ao seu cabelo e seus olhos.
O quarto de Bianca a 5 minutos atrás estava lotado de gelo, e agora estava normal novamente, sem nenhum vestígio de gelo e nem nada. Ela estava se sentindo estranha, porém não era a primeira vez que se sentia assim.
Sempre quando estava em lugares frios onde seus amigos estavam morrendo quase congelando, Bianca estava normal, como se nada a atingisse, até aceitaria uma blusa, mas não faria questão, e nesses momentos que ela se sentia diferente.
Ela olhou para a cama, ainda chocada com o que acabou de acontecer, e foi até seu celular para ver o horário. Eram 5:00 horas, exatamente o horário que teria que acordar. E logo suas amigas também já estavam acordadas.
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