Capítulo dois • BOCA ROSA

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Nova York, Estados Unidos 18 de março 2019, 1 hora da tarde

POV narrador

- Mari, ela tá viva...

- O que? - a voz de Mari surge apreensiva, indo em direção ao corpo de Bianca e tocando seu ponto de pulso - mas isso é impossível

Imediatamente as duas começam a escutar movimentos vindo do andar de cima ao delas, imaginando que seria a ambulância.

- Acho que são eles - Mari falou se levantando e correndo até o elevador - cuida dela, não deixa ela ir de vez.

Flay dá um aceno positivo e logo vira seu olhar para Bianca, a mesma permanecia pálida, estática, estava mesmo parecendo um zumbi. A cena deixaria qualquer um de coração partido, até mesmo flay que não tinha facilidade para chorar, e sempre mantinha sua personalidade forte.

Bianca sempre era tão animada, era a graça da festa, independente de como a festa estivesse antes de ela chegar, quando chegava alegrava a todos, e Flay não queria perder a pessoa que dá essa essência a ela, não queria ficar sem a pessoa que mais acreditou nela nos piores momentos. Bia era tudo pra ela.

- Bianca pelo amor de jesus, se você estiver brincando com a minha cara, eu juro que eu te mato de verdade - Flay diz ainda tocando o ponto de pulso dela - não morre, praga.

Em seguida, Mariana passa pela porta do elevador as pressas com os médicos e uma maca. Um dos médicos era uma mulher, ela conseguia controlar a situação tão bem, que nem parecia que alguém estava morto, ou melhor, quase morrendo a sua frente.

- Olá, meu nome é Marcela - disse rapidamente, correndo em direção ao corpo de Bianca - o que aconteceu aqui?

- Oi Marcela, eu sou a mari - diz vendo os médicos analisarem o corpo de Bianca - essa é a flay... - apontou para a mesma

- Espera, como ela está viva ? - Marcela diz colocando a o dedo em seu pescoço para sentir a pulsação - seus batimentos são fracos, mas a essa altura, já tinha que estar... morta - a última palavra sai baixinho, em um fio de voz

- Doutora, teremos que medir a temperatura do corpo dela urgentemente - um dos médicos disse, enquanto os outros colocavam Bianca na maca

Todos saíram de lá as pressas, o momento tenso fez com que Mari nem conseguisse explicar a Marcela o que estava acontecendo, mesmo nem ela sabendo direito.

Não estava em condições de dirigir, a ambulância estava cheia, então pediu para que Flay dirigisse até o hospital, enquanto isso ela avisaria a Gizelly sobre o estado da mulher.

Aproveitou que foi informar a capixaba e também foi tentar falar com Guilherme. O homem apenas visualizava e não respondia.

- Aí que ódio desse homem - Diz enquanto solta o celular ao lado do banco passando a mãos no rosto pra aliviar o tensão

- Guilherme né? Sempre achei esse branquelo um cínico de merda - Flay diz com o tom bravo

- Tenho certeza que tem dedo dele nessa merda com a Bianca..

- Se tiver, pode ter certeza que eu meto um processo nele

- Eu mandei mensagem pra gizelly, ela está indo para o hospital - Flay murmura um sim bem baixinho, a mesma permanece prestando atenção na ambulância.

As ruas estavam lotadas, mas mesmo assim conseguiam andar em uma velocidade rápida. Aquilo tudo era novo pra flay, nunca tinha passado por um sentimento tão ruim quanto estava passando naquele momento. Tudo se misturava, medo de perder Bianca, ódio do Guilherme e também o orgulho por não assumir a sua preocupação com sua melhor amiga.

Amor congelante | RABIAOnde histórias criam vida. Descubra agora