Capítulo oito (parte dois) • ANIVERSÁRIO

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Nova York, Estados Unidos, 2 de abril 2020

POV Rafaella

Abri meus olhos e percebi que não estava em meu apartamento. Olhei em volta e pude ver um grande campo verde e algumas crianças brincando e jogando bola. Tudo normal, até o meu ver.

Levantei e comecei a andar até a direção da saída. Cada passo que eu dava, parecia que estava mais longe e que eu nunca chegaria. Comecei a correr, porém ela continuava se afastando de mim.

Corri até não sentir mais o chão e começar a cair em um breu profundo. Tudo escuro e eu só sentia o frio na barriga me corroendo.

Senti um baque e parei de cair, será que eu morri ou me machuquei ? Me perguntava até ver aquela mulher novamente, sim, a que me salvou no evento da Bianca, mas ela não estava sozinha.

- Me deixa em paz ! - ela gritava e eu apenas observava ela de joelhos em direção a um homem qualquer - por favor...

- Você não merece paz - ele disse com um olhar mortal, parecia bravo mas, calma, seus olhos estavam pretos ? - você tem que morrer, eu quero a sua morte.

- Só não machuca ela, por favor - a mulher parecia vulnerável, roupas rasgadas, cabelo bagunçado e uma máscara jogada ao seu lado - eu te imploro.

- Você tem que sofrer, só te matar seria fácil - chegou mais perto da mulher e lhe deu um soco - ela nunca vai sentir sua falta.

Nessa altura, a mulher já estava jogada no chão com algumas partes do seu corpo sangrando, porém ela continuava viva e suas mãos aparentavam estar presas em algum tipo de luva.

- Eu te odeio. - ela disse antes de se levantar com dificuldade e olhar pra mim, mas não conseguia ver seu rosto - eu... te amo... corre daqui, por favor.

Eu nada fiz, mas sentia minhas lágrimas caírem. Por que eu estava chorando ? Nem conhecia aquela mulher.

Meus pensamentos se cessaram assim que eu consegui ver o homem segurar a mulher pelo crânio e jogar algum tipo de magia negra nela. Eu tentava gritar, mas não conseguia me ouvir e muito menos sair dali.

- PORRA ! - disse em um solavanco me levantando rápido da cama. Era apenas um sonho.

Minha respiração estava descompassada, meu coração acelerado e meu rosto molhado por conta das lágrimas. Que merda foi essa ?

- Rafa ? Tá tudo bem ? - ouvi assim que a porta foi aberta por uma Manoela desesperada.

- Eu... Pesadelo... Só um pesadelo - disse ainda desnorteada e passando a mão no rosto.

- Quer água ? Um chá ? Sei lá, alguma coisa pra acalmar - ela disse se aproximando e sentando na cama.

- Tá tudo bem, só quero tomar um banho...

- Ok, qualquer coisa eu tô na cozinha, aniversariante ! - ela disse animada a última palavra.

Até tinha me esquecido que hoje era meu aniversário, não que fosse tão importante, não ligava muito para esse tipo de data comemorativa. Com isso apenas sorri para Manoela vendo ela sair do quarto. Entrei no banheiro com meu celular para ver as mensagens.

 Entrei no banheiro com meu celular para ver as mensagens

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Amor congelante | RABIAOnde histórias criam vida. Descubra agora