Oi, e aí?
Diga olá sem exagerar
Vamos começar, sem apresentaçõesBBIBBI; IU
No alvorecer do dia seguinte, o clima estava frio, como Haeri havia previsto. E tudo que a Choi queria era ficar deitada o dia todo e comer besteira.
Mas aquilo não era possível.
Haeri foi para faculdade pela manhã, e no decorrer do dia, o dono do chaveiro era o entretenimento principal para os seus pensamentos. Depois, ela foi para o seu emprego de meio período, uma pequena lojinha onde preparava cafés e limpava as mesas. O salário não era muito grande, mas Haeri conseguia se manter.
Entrando no estabelecimento, Haeri o encontrou com poucos funcionários já que a maioria estava em seu horário de almoço. Indo para o vestiário, a Choi pegou seu avental verde escuro e o amarrou no pescoço e na cintura. Logo prendendo seu cabelo escuro em um rabo de cavalo.
Saindo dali, ela foi para trás do balcão e olhou para o lado de fora da loja, observando a rua movimentada e as diversas pessoas caminhando de lá pra cá. Algumas até andavam de bicicleta.
O pequeno sino da loja tocou em um tilintar divertido, ecoando pela loja e avisando que alguém tinha acabado de chegar. Foi uma garota que pediu apenas um café com leite.
[...]
Fazia exatos sete minutos que o expediente de Haeri havia acabado e a lua minguante brilhava lá fora, à medida em que a garota arrumava sua mochila para sair. Não havia chuva despencando do céu como na noite passada, o que fez com que a Choi caminhasse com passos calmos até o ponto de ônibus.
Pagando o motorista e passando pela roleta que dessa vez não estava enferrujada, — pois o ônibus não era o mesmo — os olhos de Haeri vagueiam pelos passageiros que estavam no local e no próprio ambiente em si. No entanto, porém, um vislumbre de fios negros roubou a atenção da Choi. No final do ônibus o mesmo garoto de ontem estava sentado com a cabeça baixa.
As madeixas negras agora estão secas, diferente da primeira vez que Haeri o vira. Os fios resvalam rente aos olhos castanhos, parecendo tão tentadores e sedosos que Haeri sentiu um formigamento estranho nas pontas dos dedos, um efeito causado pelo vontade nada normal de querer tocar nos fios tão bonitos.
Haeri sentiu como se aquela rotina monótona tivesse parado por um instante quando se sentiu feliz em vê-lo. Um sentimento novo, com uma pessoa nova. Isso saia da rotina; pensou ela. E estranhamente, seu coração deu um pulo bizarro quando ela o viu.
Era um sentimento novo para a garota. Algo estranho que fazia com que as batidas de seu coração pulassem como pipoca.
Nervosa e hesitante, Haeri caminhou pelo ônibus. O veículo balançou de forma sutil, fazendo com que a garota apressase seus passos e, gradativamente, se aproximasse dele.
Haeri agora podia ver com clareza o rosto do garoto. Os olhos eram escuros, mas carregavam um brilho único e bonito. Eram redondos, grandes como jabuticaba. A garota quase riu pela comparação boba.
O analisou por mais alguns segundos e pensou: "Ele é bonito".
No final do ônibus, havia cinco bancos. Na ponta da esquerda o garoto estava sentado, Haeri sentou na outra ponta, na direita.
Disfarçadamente, a Choi levou os olhos de forma temerosa até o garoto, mas ela não esperava que os olhos grandes de jabuticaba já estivessem a olhando. Rápida e com a sua vergonha nítida, Haeri voltou a olhar para frente.
Encarando o banco todo rabiscado, havia alguns nomes escritos de caneta preta. Também tinha números de celular, as vezes até xingamentos. Mas aquilo era algo que a Haeri estava acostumada a ver.
A Choi colocou a mão no bolso do casaco, tocando na textura gelada de prata do chaveiro. Ela queria devolver, mas estava hesitante e salpicada pela vergonha. Por algum motivo, ele mexia com alguma coisa dentro dela, e a Choi não gostava disso.
Pelo resto da viagem, Haeri continuou com a mão dentro do bolso do casaco, segurando o chaveiro e apenas esperando o momento certo para devolver o item. No entanto, quando percebeu que o garoto ajeitava a mochila nas costas e se preparava para levantar do seu acento, a Choi entrou em pânico.
O garoto se levantou e puxou a cordinha, dando sinal. Estava pronto para ir embora, e, num ato súbito de nervosismo, a Choi o tocou.
Haeri tinha levantado e segurado o braço do garoto.
Mas se arrependeu amargamente de tamanha audácia assim que o garoto, completamente confuso, olhou para ela.
— Boa noite! — Haeri disse, se curvando rapidamente e soltando o braço do garoto.
— Boa noite? — respondeu confuso. Sua voz era aveludada e gostosa de se ouvir.
— Ahm, eu não sei se você lembra mas ontem nós pegamos o mesmo ônibus juntos.
Recebeu um leve aceno de cabeça do rapaz.
— Enfim, antes de você sair isso acabou caindo da sua mochila. — Haeri estendeu o chaveiro ao garoto, que sorriu aliviado em finalmente ter achado o que tanto procurava.
— Ah! — exclamou surpreso. — Então ele caiu ontem, eu não fazia ideia. — Ele riu, abaixando um pouco a cabeça e pegando o chaveiro da mão da garota.
A mão dele roçou de leve na palma de Haeri, e mesmo com um ato tão simples, ela sentiu seu corpo se arrepiar. Era estranho.
— Obrigada por devolver o meu chaveiro. — Agradeceu, levantando o objeto com a mão e o balançando. Os olhos dele foram até a estrada lá fora em um gesto rápido, provavelmente percebendo que seu ponto estava muito próximo e apressado, ele perguntou:
— Como se chama? — Ele perguntou, e foi inevitável que o coração de Haeri não acelerasse, ela não esperava por isso. Para a garota no máximo ele iria agradecer e ir embora. É, ela tinha as expectativas baixas.
— Choi Haeri. — Disse simples e nervosa.
Ele abriu um sorriso bonito, ao mesmo tempo em que o ônibus parou, e as postas se abriram.
— Jungkook. Jeon Jungkook.
E com isso Jungkook se virou, descendo do ônibus correndo. Mais uma vez ele entrou rua à dentro, mas dessa vez ele não corria e a chuva não o molhava. Dessa vez, Jungkook andou com passos tranquilos e Haeri o observou até o perder de vista.
VOCÊ ESTÁ LENDO
THE BUS BOY | JK
FanficHaeri tem uma vida monótona e repetitiva. Sua rotina é sempre a mesma, resumida em de manhã ir para faculdade e de tarde ir trabalhar numa cafeteira. De segunda a sexta, no mesmo horário, ela sempre estava ali, no mesmo ponto para pegar seu ônibus e...