11. Colorido

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Como eu pude ser tão fácil? Ele falou de mim pros amigos e de repente lá estava eu abrindo as pernas.

Ok, isso está realmente acontecendo. Vamos lá Aurora, você começou agora tem que ir até o fim. Nada de arrependimentos e hesitações, você quer isso e muito. Esqueça todas as regras, se preocupe com as consequências depois. Isso é o que você sempre pensa antes de fazer besteiras certo? Não seja insegura agora.

Ele desabotoou minha blusa e, em passos lentos, foi me guiando até o quarto. As peças de roupas faziam uma trilha no chão até o cômodo. Quando chegamos lá, estávamos nus e eu só queria montar em cima daquele homem. Por que ele tinha que ser tão bonito? A cada palavra que ele sussurrava em meus ouvidos a vontade aumentava. Por que ele tinha que ter aquela voz?

Por que ele tem esse efeito em mim? Cada toque deixava a minha pele arrepiada e quanto mais avançávamos, mais iludida eu me sentia. É normal isso? Tudo parecia um sonho lúcido, a cada movimento frenético, eu desejava que aquilo não acabasse.

Por que eu me sinto uma adolescente tentando posar de mulher sedutora? Eu tentava corresponder as expectativas dele, pois antes de mim sei que houveram outras.

Não, eu sou melhor que elas. Tenho que acreditar nisso pelo menos pelos próximos minutos. Eu sou melhor que elas. Será que estava funcionando? Será que ele podia perceber meu nervosismo em meio as nossas respirações ofegantes? Ele gemia em meu ouvido enquanto eu chamava seu nome.

Por que as coisas não podem ser simples assim? Por que eu já estou pensando na conversa que teremos depois disso? Eu estava na cama, parecendo o ser mais calmo do mundo, mas minha cabeça não me dava um minuto de paz.

— Você me deixa louco, sabia? — Quando terminamos ele me abraçou por trás, o corpo dele era tão quente e aconchegante. Essa foi a primeira frase que saiu de seus lábios e, de repente, junto com as palavras, o vento também levou todos os meus pensamentos.

— Louco de raiva, eu presumo. — Me virei e toquei seu rosto. Notei a janela por trás dele que indicava que estava anoitecendo. — Eu preciso voltar ao bar. — Suspirei, Jisang não deveria ficar sozinho naquela noite.

— Não... Fique. — Ele reclamou manhoso. — Deixe Jisang se virar sozinho.

— Jisang está velho, ele precisa de um ajudante. — Me desprendi dele e sentei na cama, colocando meus pés no chão. Ironicamente, pois minha cabeça estava nas nuvens. — Eu realmente preciso ir. — Talvez não precisasse ir imediatamente, mas eu insistiria nisso como se fosse algo urgente.

— Eu vou com você então. — Ele se levantou também e foi nesse momento que eu comecei a pensar demais novamente.

— Ah... — Gaguejei. — É melhor eu chegar lá sozinha. — Embolei um pouco as palavras. — Você sabe como é, os clientes, Jisang, vamos com calma. — Pronto, eu havia usado as palavras que não queria.

— Tudo bem. — Estranhamente, ele havia concordado sem questionar.

Rapidamente, comecei a procurar por minhas roupas. Ele sorria ao me ver caçar minhas calças que tinham ficado no corredor. Me vesti finalmente e tentei arrumar meu cabelo no espelho do quarto dele. Por mais que eu quisesse acreditar no contrário, era muito óbvio que eu estava completamente amassada, provavelmente com as pernas doloridas.

Namjoon se ofereceu para chamar um carro para mim e eu não estava em condições de recusar. Cheguei no bar alguns minutos antes de abrir, infelizmente, não havia como escapar do olhar de Jisang na entrada.

Calmamente, ele secava uma bandeja de copos, enquanto me via passar pelo vidro da porta, na ponta dos pés tentando não fazer barulho com meus saltos. Aquela fora uma tentativa frustrada, pois assim que eu entrei ele estava me esperando como um pai prestes a pegar sua filha no flagra.

Eu não namoro coreanosOnde histórias criam vida. Descubra agora