Capítulo Dois

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O dia finalmente amanheceu e o campus da universidade parecia estar em festa. Uma multidão se formava em frente a entrada e várias viaturas da polícia estavam estacionadas próximo à casa de Ben Parker que não ficava longe dali.

Como Ben tinha bastante contato com a mídia, o que não faltou foram repórteres de diversos canais cobrindo sua morte. Todos estavam esperando para saber qualquer novidade sobre o possível crime.

A impaciência e a angústia tomavam conta do ambiente. Ninguém sabia ao certo o que estava acontecendo. Sabiam que alguém estava morto. Sabiam que poderia ser Ben, mas até o último momento qualquer coisa poderia acontecer.

Era uma cena no mínimo triste. Policiais pediam passagem. Os legistas levavam o corpo em um saco preto com zíper e a aglomeração tomou conta do espaço. Não se conseguia andar por ali.

A televisão vendia um suicídio, pois haviam encontrado o corpo juntamente com a arma do crime, uma pistola semiautomática com um silenciador.

Era um choque para todos os estudantes. Ben havia acabado de pegar seu diploma e estava cotado para assumir a redação de um telejornal em Chicago.

Os sensacionalistas se aproveitaram da notícia para fazer um grande circo. Era como se Ben fosse o vilão da sua própria história e tudo não passava de um mal entendido.

Perto dali estava Gabe com um copo de café na mão olhando para a multidão que permanecia em frente à casa de Ben. Ele parecia pálido e sua expressão era de pânico.

-Como você está? -disse Jacob chegando ao seu lado.

-Desesperado. -ele respondeu entre os dentes.

-Precisamos ficar calmos. Não podemos transparecer nada. -disse Jacob tocando em seu ombro. -Vamos sair daqui. -ele propôs e Gabe o seguiu.

Os dois foram até seu dormitório que ficava um pouco afastado dali. A sensação era de maior segurança. Longe da multidão pareciam protegidos.

Marcos que passava rapidamente por ali, virou a cara quando os avistou. Ele tinha uma reunião com o conselho e estava completamente atrasado. Andava tão rápido que por duas vezes quase caiu.

Ao adentrar na sala de reunião parecia que havia visto um fantasma. O diretor e os demais colaboradores estavam sentados conversando quando Marcos entrou e interrompeu com o barulho da porta.

_ Bom dia. -ele disse se sentando.

_ Presumo que já sabe da notícia. - disse o Diretor tentando atualizá-lo.

_ Ouvi alguns boatos sobre Ben Parker. - Marcos dizia tentando descobrir mais alguma coisa.

_ Um aluno da nossa universidade foi assassinado e precisamos conter os efeitos negativos para que não sejamos linchados pela mídia. -o diretor disse olhando para todos da mesa.

_ Pensei que fosse suicídio. -Marcos tentava interagir com naturalidade.

_ Tenho amigos na polícia que estão investigando o caso. Descartaram a hipótese de suicídio faz uns minutos. Disseram que conseguiram ver as imagens das câmeras de segurança e estão cruzando os dados para encontrarem o assassino. - explicou o diretor fazendo Marcos gelar.

E o que não podia piorar aconteceu, seu celular estava vibrando. A esposa de Marcos o olhou fixamente e ele tentando disfarçar olhou rapidamente pra ver quem estava ligando. Haviam 8 chamadas perdidas de Petter em seu celular. Ele começou a ficar pálido e pediu licença para tomar um pouco de água. Sua esposa o acompanhou e começou a ficar preocupada.

_ Marcos, está tudo bem? Parece ter visto um fantasma. - ela perguntou preocupada.

_ Preciso de um ar, querida. Estou me sentindo mal do estômago. Acho que foi algo que comi ontem. -ele tentava disfarçar o incômodo e medo que sentia ao mesmo tempo.

Fuja de Petter Cárter  Romance Gay Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora